Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Bergmann, Leopoldine Radtke |
Orientador(a): |
Alfonso, Louise Prado |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Antropologia
|
Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8825
|
Resumo: |
O estudo apresenta as narrativas presentes nos folders e outros materiais de divulgação turística do estado do Rio Grande do Sul, investigando as dinâmicas de construção desse material e sua relação com representações de Rio Grande do Sul e da figura do gaúcho. Especialmente no que envolve os estereótipos que definem o estado como sendo um destino que mantém a “tradição” e sendo a "Europa no Brasil". Através do estudo foi possível estabelecer um esboço sobre as relações de poder engendradas na narrativa turística e a forma como a mesma é construída a partir da articulação com uma extensa gama de instituições público e privadas no estado do Rio Grande do Sul. Para isso, apresenta-se a trajetória dessas instituições do estado e os atores inseridos na redes sociotécnica e seus interesses. Seguindo assim, as pessoas que detém o poder de fala e tomada de decisão nestes processos, o que engloba gestores (as) da Secretaria de Turismo e Cultura do Rio Grande do Sul, e sua direta relação com instituições que reforçam estas narrativas, como é o caso das instituições culturais, museológicas e patrimoniais e a articulação direta dessas instituições com órgãos de fomento ao tradicionalismo gaúcho, (até mesmo sua inserção nas demais instituições a partir de cargos públicos). Essa relação permitiu que por quase um século, interesses tradicionalistas e/ou com foco farroupilha da classe estancieira fossem colocados em pauta nas políticas públicas, desde a legislação à projetos culturais específicos. Assim, através de divulgação turística, exposições museológicas, tombamentos patrimoniais, imprensa, eventos, ações educacionais, etc. foi possível inserir a narrativa estereotipada nas políticas culturais do estado. Desta forma, os interesses da rede têm se mostrado excludentes ao priorizarem: raça, gênero, classe, território e temporalidade específicas. O método empregado foi a etnografia virtual através da análise dos materiais de divulgação turística, entrevistas, comentários e interações nas redes sociais e outros sites. Propõem-se que o estudo permita pensar politicas públicas mais inclusivas, em conjunto a comunidade, para que os grupos invisibilizados pela narrativa oficial possam também reformulá-la, eliminando assim esses processos de seleção e exclusão. |