Caracterização, patogenicidade de Exserohilum rostratum e mecanismos de defesas de plantas de arroz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Fábio Júnior Araújo
Orientador(a): Farias, Cândida Renata Jacobsen de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8741
Resumo: Os agentes patogênicos estão constantemente passando por adaptações, ambientais e parasitaria, esse fato leva a necessidade do conhecimento das interações entre organismos e agroecosistemas. O presente trabalho teve como objetivo, caracterizar morfológica e molecular uma nova espécie fúngica associada à cultura do arroz, bem como, determinar a patogenicidade, os danos ocasionados em grãos quando inoculado na fase de floração e as respostas de defesa de plantas mediante o contato com o patógeno. A identificação morfológica foi realizada baseada na morfologia de conidióforos, conídios, germinação de conídios, coloração, forma e presença de septos. A caracterização molecular foi realizada por meio da extração do DNA fúngico, submetido a PCR com os pares de primers iniciadores ITS1 ITS4, posteriormente a banda contendo o fragmento de DNA foi excisada e enviada para realização do sequenciamento. O teste de patogenicidade foi realizado com plântulas das cultivares BRS Pelota, Puitá INTA -CL e IRGA 424 inoculadas com uma solução de conídios ajustada para 2 x 10 4 conídios ml -1 . Para determinação dos danos em grãos foram montados experimentos paralelos em casa de vegetação com as cultivares BRS Pelota, Puitá INTA-CL e IRGA 424 inoculadas na fase de floração, no delineamento blocos casualizados (DBC) com três repetições e em esquema bifatorial do tipo 3 x 2, onde o fator 1 corresponde as cultivares BRS Pelota, Puitá INTA-CL e IRGA 424 o fator 2 corresponde a presença e ausência de inóculo, as variáveis analisadas foram: incidência, quantificação e localização do inóculo, índice da doença e danos nos componentes de produção. Para avaliação das respostas das plantas de arroz a inoculação com E. rostratum foi coletado tecido vegetal das plantas do experimento anterior e analisadas seguindo um esquema trifatorial do tipo 3 x 2 x 5, onde o fator 1 corresponde as cultivares BRS P elota, Puitá INTA-CL e IRGA 424 o fator 2 corresponde a presença e ausência de inóculo e o fator 3 os horários de coletas, as variáveis analisadas foram: Período de incubação (PI), conídios diferenciados em apressórios, número de células necrosadas (NCN), intensidade de escurecimento celular, d eterminação da concentração de compostos fenólicos solúveis totais (CFSTs), derivados lignina ácido tioglicólico (DLAT) e atividade das enzimas catalase (CAT) (EC 1.11.1.6), peroxidase (POX, EC 1.11.1.7) e polifenoloxidase (PFO, EC 1.10.3.1). Os conidióforos e conídios apresentaram comprimento médio de 93 e 98 µm de comprimento respectivamente, a largura média dos conídios foi de 9, 25 µm, apresentavam formato obclavado, escuros, com a presença média de 8 septos por conídios e germinando em ambas as extremidades, a caracterização molecular gerou um produto com aproximadamente 600 pares de nucleotídeos a realização do sequenciamento e comparação no banco de dados GenBank demonstrou 99% de similaridade com o fungo Exserohilum rostratum. Houve interação entre o fator cultivar e inóculo para os componentes de produção, para o índice de doença, houve diferença significativa para todas as cultivares quando comparadas com seus respectivos controles não inoculados. Quanto às respostas das plantas de arroz a E. rostratum na fase de floração, houve interação tripla entre os fatores. A espécie fúngica presente na cultura do arroz no estado do Rio Grande do Sul é o E. rostratum, capaz de causar danos em cultivares como a BRS Pelota, Puitá INTA-CL e IRGA 424, induzir danos necrose celular e aumentar concentração enzimática e lignina.