Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Paim, Bruna Trindade |
Orientador(a): |
Galli, Vanessa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
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Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6581
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Resumo: |
A alface (Lactuca sativa L.) é a hortaliça folhosa mais difundida no mundo, cultivada em diversos países. No entanto, as cultivares comercialmente disponíveis apresentam um teor baixo de compostos funcionais, comparado a diversas outras hortaliças. Além disso, o período de pós-colheita se caracteriza como uma etapa estressora, afetando a qualidade desta folhosa. Uma estratégia que tem se mostrado eficaz para aumentar o conteúdo de compostos funcionais nas plantas é a aplicação de elicitores abióticos, a exemplo do estresse hídrico em níveis. Isto ocorre porque ao perceber este estresse as plantas induzem a produção de compostos relacionados ao metabolismo de defesa, os quais incluem compostos do seu metabolismo secundário, que apresentam efeito funcional quando ingeridos na dieta. Além disso, existem evidências de que plantas submetidas a estes elicitores apresentam maior tolerância a estresses subsequentes, como os advindos do processo de armazenamento no póscolheita. Este trabalho tem como objetivo avaliar o efeito da aplicação précolheita de níveis de estresse hídrico na qualidade pré e pós-colheita de alface. Para isso, as plantas de alface foram cultivadas com o volume de água necessária para saturação de 100% do solo (C, controle), 90% (EH 90%), 80% (EH 80%), ou foram submetidas a um estresse agudo (EH), onde as plantas foram cultivadas na mesma condição que o controle, mas não receberam água durante 4 dias antes da colheita. Após a colheita uma parcela de plantas foi armazenada à 6-8°C e 80% umidade para análises de pós-colheita. A aplicação do estresse hídrico resultou em plantas com maior biomassa nos tratamentos EH 90% e EH, e não afetou a coloração ou a firmeza das plantas. O tratamento EH 80% destacou-se quanto aos parâmetros de qualidade, pois resultou em plantas com maior conteúdo de carotenoides, clorofilas, ácido caféico, ácido mono-cafeico-tartárico, Malercil glucósido de quercitina, quercitina-3-Oglucuronida, e maior atividade antioxidante total, no momento da colheita. As plantas submetidas ao estresse hídrico não apresentaram mudanças na firmeza durante o armazenamento, porém apresentaram incremento no conteúdo de flavonoides, em EH, e um número menor de compostos fenólicos que tenham sido afetados negativamente pelo armazenamento. Os resultados indicam que a aplicação de estresse hídrico, especialmente no nível de 80%, em alface representa uma estratégia interessante para melhorar a qualidade desta hortaliça no momento da colheita e após armazenamento. |