Desenvolvimento e validação de metodologias de preparo de amostras para determinação de Ca, Mg e K em Biodiesel por técnicas de Espectrometria Atômica.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lisboa, Meibel Teixeira
Orientador(a): Vieira, Mariana Antunes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Química
Departamento: Centro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6004
Resumo: Os contaminantes inorgânicos comumente encontrados no biodiesel podem ser incorporados durante o processo de produção, principalmente devido ao uso dos catalisadores. O monitoramento desses contaminantes, principalmente na forma de metais, em amostras de biocombustíveis é de primordial importância, pois a sua presença em determinados níveis pode prejudicar o desempenho do motor e, consequentemente, aumentar o problema de contaminação ambiental. Desta forma, neste trabalho foram desenvolvidas duas metodologias de preparo de amostra para a determinação de Ca, Mg e K em amostras de biodiesel obtidas de diferentes fontes: o uso de emulsão e a digestão ácida em sistema aberto, tendo em vista que na literatura ainda existem poucos trabalhos relacionados com esse tipo de preparo de amostras. A quantificação dos metais foi realizada por Espectrometria de Absorção em Chama (F AAS) para Ca e Mg e Espectrometria de Emissão Atômica em Chama (F AES) para K. A primeira metodologia avaliada para o preparo de amostra foi o uso de emulsões do tipo óleo em água (o/w) obtidas através da mistura de biodiesel, ácido fórmico (HCOOH), Triton X-100 e antiespumante. A calibração usando esta metodologia foi realizada com padrões inorgânicos. As emulsões formadas mostraram-se estáveis por pelo menos 2h. Os limites de detecção na amostra, em mg Kg-1, foram 2,30; 0,20 e 0,70 para Ca, Mg e K, respectivamente. A segunda metodologia avaliada foi a digestão ácida em sistema aberto. Para esta metodologia, as amostras de biodiesel foram digeridas com HNO3 concentrado à uma temperatura de 220°C durante 4h. A abertura das amostras foi realizada em um bloco digestor com sistema de dedo-frio para circulação de água. A calibração foi realizada com padrões aquosos inorgânicos. Os limites de detecção na amostra, em mg Kg-1, foram 0,12; 0,36 e 1,96 para Ca, Mg e K, respectivamente. Frente as duas metodologias de preparo de amostra de biodiesel avaliadas, observaram-se vantagens em relação ao método oficial descrito na norma ABNT NBR 15556 para a determinação de metais em biodiesel que faz uso da diluição com solvente orgânico (xileno), tais como a estabilidade dos analitos no meio emulsionado, a possibilidade de calibração usando padrões aquosos inorgânicos, melhores limites de quantificação, a não utilização de solventes orgânicos que são tóxicos e trazem risco ao analista e a não utilização de padrões organometálicos para a calibração, que são instáveis e caros. Foram analisadas diferentes amostras de biodiesel e os analitos Ca, Mg e K foram determinados. Para fins de comparação, as amostras também foram analisadas pelo método oficial descrito na norma ABNT NBR 15556 e através da análise de um padrão de referência certificado de biodiesel. Os resultados foram concordantes, demonstrando a eficiência dos métodos desenvolvidos, sendo uma alternativa para determinação destes metais em amostras de biodiesel.