Síntese e caracterização de nanofibrilas de celulose para uso como bio-curativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ribes, Débora Duarte
Orientador(a): Beltrame, Rafael
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
Departamento: Centro de Desenvolvimento Tecnológico
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7952
Resumo: Esse estudo visou desenvolver uma membrana de nanofibrilas de celulose vegetal com adição de um agente potencialmente cicatrizante e bacteriostático para a uso como Biocurativo. Foram testados seis grupos, a amostra controle foi feita com 50% de nanocelulose e 50% de quitosana, 4 amostras foram feitas com 50% de nanocelulose e 50% de quitosana mais 5% de óleo essencial e uma amostra com 50% de nanocelulose e 50% de quitosana mais 5% de óleo fixo. Para isso, inicialmente foram utilizadas amostras de celulose branqueadas e não branqueadas, posteriormente foram previamente desestruturadas e encharcadas em água destilada com concentração de 3% de sólidos, afim de homogeneizá-las. Na hidrólise enzimática utilizou-se a enzima comercial Cellic CTec2, em porcentagens que variaram de 0,01 a 0,1% por diferentes períodos (1 e 2 horas). Para a produção do gel, as polpas foram processadas pelo moinho de disco em ciclos de passagens. Para a inibição enzimática o conteúdo foi aquecido à 85°C. Os géis foram armazenados em resfriamento de 5°C. O processo foi caracterizado pelo gasto energético medido a cada amostra, além de ser medido o rendimento de cada gel produzido. A polpa marrom mesmo sem ter passado por processos de deslignificação mostrou-se promissora na produção das nanofibrilas de celulose vegetal (CNF). O CNF obteve alto índice de cristalinidade (acima de 70%) e alta estabilidade térmica (temperaturas de início de degradação em torno de 200° C). Os aumentos na concentração da enzima produziram diminuições no diâmetro das CNF e aumentaram a estabilidade térmica e o índice de cristalinidade. Após o processo de obtenção do gel e sua caracterização observou-se que aquele produzido com polpa branqueada com carga enzimática de 1% no período de 1 hora, poderia ser utilizado para a produção das membranas. Assim, o objetivo tornou-se produzir uma membrana de nanofibrilas de celulose juntamente com quitosana, usando cinco diferentes óleos vegetais, com o intuito de adquirir capacidades antibacteriana e antifúngica, para uso como curativos para feridas. O comportamento morfológico das membranas, foram caracterizados usando Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), enquanto a cristalinidade foi determinada por Difração de Raio-X (DRX), a composição química dos óleos, foram determinadas por Cromatografia e a composição química das membranas por Espectroscopia no Infravermelho (FTIR) e a capacidade mecânica pela Resistência a Tensão e Modulo de Ruptura. Já a caracterização biológica, foi feita in-vitro, através da contagem de Unidade Formadora de Colônia (UFC), Imunofluorescência e Citotoxidade. Os resultados indicaram que os óleos vegetais cumpriram o papel de contribuir para a melhoria da capacidade antibacteriana e antifúngica, dando destaque para o óleo essencial de Endro. Para a caracterização das membranas pode-se destacar dois óleos o de Endro e o óleo fixo de Cabreúva.