Épocas de poda e sua influência na fenologia, produtividade e qualidade em cultivares de videiras em Dom Pedrito, RS, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Aloy, Keila Garcia
Orientador(a): Costa, Vagner Brasil
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Uva
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/11565
Resumo: Com o presente estudo teve-se por objetivo avaliar a influência das épocas de poda na fenologia da videira, produtividade, e qualidade da uva e do vinho de diferentes cultivares no ciclo de produção 2022/2023. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com 3 repetições, sendo a unidade experimental constituída de 5 plantas. Os tratamentos consistiram em quatro épocas de poda (no final dos meses de maio, junho, julho e agosto), conduzidas em quatro cultivares de Vitis vinifera L. (Cabernet Sauvignon, Merlot, Sauvignon Blanc e Chardonnay), com avaliações de fenologia (no início e fim da brotação, floração, e maturação), percentagem de brotação das gemas, produção e qualidade da uva e do vinho. A produção foi avaliada em número de cachos por planta; peso médio e tamanho dos cachos; produtividade por planta e por hectare. As análises de mosto antes do processamento, e vinho, foram realizadas, sendo estas pH; acidez total; açúcares e sólidos solúveis (°Brix). No vinho foram realizadas análises de pH, acidez total, açúcares, álcool e acidez volátil, além das análises de cor, taninos, antocianinas e índice de ionização em vinhos tintos. A brotação das plantas das cultivares podadas precoce, no mês de maio, ocorreram na mesma época que as plantas podadas no mês de junho e julho, à exceção da cultivar Chardonnay. A poda antecipada, realizada em maio, reduz a duração dos ciclos fenológicos, à exceção para Sauvignon Blanc, em que as diferentes épocas de poda não influenciaram. A poda antecipada em Chardonnay e Merlot pode favorecer o risco de geadas tardias em anos de invernos rigorosos. Para Cabernet Sauvignon e Chardonnay, a poda precoce configurou uma menor produção. Para Merlot, as maiores produtividades foram no mês de maio e julho. Os açúcares para Chardonnay denotaram os maiores valores para as plantas podadas em maio, e Sauvignon Blanc das plantas que foram podadas na época estabelecida pelo produtor em julho. O mosto de todas as cultivares com poda tardia, em agosto, apresentaram acidez total maior, à exceção de Chardonnay; e menores para sólidos solúveis e açúcares, incluindo Chardonnay. A poda antecipada aumentou o acúmulo de taninos e antocianinas em cultivares tintas. A poda antecipada não alterou a duração dos subperíodos fenológicos das cultivares estudadas, nem antecipou a colheita, em relação a testemunha. Entretanto, principalmente em Chardonnay e Merlot, pode favorecer o risco de danos as brotações por geadas tardias, em anos de invernos com temperaturas próximo à 0°C. As diferentes épocas de poda influenciaram mais na produtividade do que na composição das uvas e dos vinhos. Sendo assim é possível ampliar o período de realização da poda na época adotada pelo produtor. Dessa forma, é possível escalonar e otimizar a mão de obra para a realização da poda seca.