Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Tillmann, Thais Freitas Formozo |
Orientador(a): |
Silva, Alexandre Emidio Ribeiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
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Departamento: |
Faculdade de Odontologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8533
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Resumo: |
Na adolescência ocorrem intensas mudanças psicológicas, fisiológicas e sociais. O indivíduo encontra-se em um período de transição entre a infância e a idade adulta, vivenciando um misto de dependência e autonomia. Além disso, é um período de risco para a saúde bucal, pois é nesta fase que a dentição permanente está quase completa e o indivíduo apresenta certa repulsa em relação à higiene bucal e desenvolve uma maior independência em relação ao consumo de alimentos, podendo optar pelos mais açucarados. O presente estudo teve como objetivo investigar a percepção dos pais ou cuidadores sobre a necessidade atual de consulta odontológica para adolescentes de uma coorte de nascimentos, aos 12 e 13 anos de idade, e os fatores associados a esta percepção. Tratou-se de um estudo transversal aninhado em uma coorte de nascimentos, utilizando os dados obtidos nos acompanhamentos da coorte de nascimentos em 2004 na cidade de Pelotas, mais especificamente do acompanhamento geral aos 11 anos e da subamostra de saúde bucal aos 12-13 anos. As variáveis de exposição são sociodemográficas, tais como sexo do adolescente, renda familiar per capita, escolaridade materna, cor da pele da mãe, e relacionadas à saúde bucal do adolescente, como história de dor dentária nos últimos 6 meses, autopercepção de saúde bucal comparada com outros adolescentes, cárie dentária, sangramento gengival e má oclusão. A variável de desfecho estudada foi a necessidade atual de consulta odontológica do adolescente percebida pelos pais, obtida pela pergunta: O(a) Sr(a) acha que o(a) <adolescente> atualmente necessita ir ao dentista? Os dados foram analisados por meio do Stata 12.0. Foram realizadas análises descritivas por meio de frequências relativas e absolutas, testes qui-quadrado ou Exato de Fischer e por fim, análise de regressão de Poisson bruta e ajustada. Para todas as análises, foi considerado um nível de significância de 5%. Os resultados mostraram que a necessidade de consulta odontológica para o adolescente foi percebida por 72,4% dos pais. Após análise ajustada, permaneceram associadas positivamente ao desfecho, história de dor dentária (p<0,001), autoavaliação da saúde bucal do adolescente como regular ou ruim (p<0,001), a presença de cárie dentária (p<0,001) e de má oclusão severa ou incapacitante (p=0,011). Conclui-se que independentemente da condição sociodemográfica e econômica, a percepção dos pais sobre necessidade de consulta odontológica para os filhos adolescentes esteve relacionada com a situação de saúde bucal encontrada, revelando o caráter curativo e não preventivo da percepção dos pais. Os resultados deste estudo poderão contribuir no aprimoramento das políticas públicas de saúde bucal na adolescência ao elucidar os fatores associados à percepção dos pais sobre a necessidade de consulta. |