Clubes Sociais Negros: memória e esquecimento no Clube Recreativo e Cultural Braço é Braço - (Rio Grande, RS, 1969 - 1992).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Cruz, Matheus
Orientador(a): Colvero, Ronaldo Bernardino
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5394
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo, fazer um alerta e suscitar reflexão acerca das condições, em que se encontram os clubes sociais negros no Brasil. Para tal fim, estudou-se sob a égide da memória, patrimônio e outros conceitos caros às ciências sociais, no caso o Clube Recreativo Braço é Braço, situado na cidade de Rio Grande, no Estado do Rio grande do Sul. O clube foi fundado, em primeiro de janeiro de 1920 e foi realmente atuante até meados dos anos 2000, momento em que foi reconhecido pelo poder municipal de sua cidade, como patrimônio histórico e cultural (Lei Municipal nº 6.410/2007). Porém, mesmo dispondo de tais prerrogativas, sua sede encontra-se em desuso. E, mesmo diante da inatividade de suas funções e deste cenário, a pesquisa que gerou este trabalho aponta que, este foi um espaço significativo para a sociabilidade do negro riograndino e ainda repousa muita nostalgia por parte dos membros mais antigos. Desta forma, questiona-se que tipo de patrimônio o poder municipal reconheceu e transformou em lei. É um patrimônio alavancado pela memória daqueles, que por lá circularam e socialmente construído, ou é apenas um patrimônio posto em valor, por um dado momento político? O descaso é por parte do poder público ou dos atores sociais por não reivindicarem a preservação de sua memória institucionalizada?