Adição de paraoxonase-1 durante a maturação oocitária e seu efeito sobre a produção in vitro de embriões bovinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rincón, João Alveiro Alvarado
Orientador(a): Schneider, Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3394
Resumo: Estudos sugerem que a enzima paraoxonase-1 (PON1) pode exercer efeito antioxidante nas membranas celulares, o que poderia melhorar a competência do oócito, principalmente por reduzir o estresse oxidativo. Baseado nisso, objetivou-se avaliar o efeito da adição de diferentes níveis de PON1 recombinante humana (rPON1) ao meio de maturação (MIV), sobre os índices de desenvolvimento embrionário e expressão gênica em oócitos e embriões bovinos. Em 8 repetições, 1600 complexos cumulus oócitos (COCs) foram coletados de ovários bovinos provenientes de abatedouros locais e divididos aleatoriamente em quatro grupos de 50 COCs: 0,0; 0,02; 0,04 e 0,08mg/mL de rPON1 no meio de MIV. A maturação ocorreu em estufa com 5% de CO2 e 39 °C durante 24 horas. Após a seleção espermática, com a utilização do mini percoll®, foi procedida a fecundação (FIV) com concentração de 1x106 espermatozóides/mL. Decorridas 18 horas os prováveis zigotos foram cultivados durante 7 dias no meio de cultivo adicionado de 10% de SFB em condições controladas (5% CO2, 5% O2 e 90%N2) à 39 °C. Foram coletados oócitos desnudos e células do cumulus (600 COCs, 3 repetições) e embriões D7 (8 repetições) para extração de RNA e análise da expressão gênica (Bax, Bcl-2 e MnSOD). A atividade de PON1 foi avaliada às 0 e 24hs de maturação mediante espectrofotometria. A atividade média de PON1 no meio de MIV foi de 2,15±0,38; 15,51±1,48; 30,24±2,96 e 57,94±5,03 U/mL de acordo à adição de rPON1 ao meio de MIV (0; 0,02; 0,04 e 0.08 mg/mL respectivamente). Não houve diferença (P>0,05) nas taxas de clivagem: 81,7%, 85,1%, 81,0%, 82,5% respectivamente. No entanto, a adição de rPON1 no meio de MIV melhorou o desenvolvimento embrionário de maneira linear (P<0,0001) de acordo com a quantidade de proteína adicionada, resultando na produção de embriões em D7 de 22,1%; 29,2%; 31,7% e 33,8% respectivamente. Além disso, este efeito foi suportado pela correlação positiva entre o nível de rPON1 no meio de MIV e a taxa de blastocisto no D7 (r=0,35; P=0,04). Não foi observada diferença na expressão dos genes avaliados nos oócitos, células do cumulus e embriões. Conclui-se que a adição de rPON1 no meio de MIV tem um efeito positivo na PIV de embriões bovinos, indicando que a PON1 promove uma melhor taxa de desenvolvimento embrionário.