Síntese e caracterização de quitosana como suporte para o desenvolvimento de polímeros híbridos contendo níquel(II)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Hackbart, Helen Cristina dos Santos
Orientador(a): Santos, Aline Joana Rolina Wohlmuth Alves dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Química
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10469
Resumo: A quitina e a quitosana são obtidas através do processo de hidrólise alcalina. A quitosana é um biopolímero que pode ser funcionalizado através da imobilização de ligantes com propriedades quelantes que podem modificar suas propriedades físicas, químicas e biológicas. Os objetivos, deste trabalho, são a síntese de quitosana a partir de cascas de camarão e modificação de sua estrutura utilizando compostos orgânicos e inorgânicos para obtenção de materiais inéditos. O suporte de triazenos 1-óxido e seus complexos em quitosana é algo inédito, por isto, esta foi a classe de compostos escolhida para as reações de imobilização. A quitosana foi obtida por planejamentos fatorial completo em três etapas: desmineralização, desproteinização e desacetilação. As melhores respostas foram: desmineralização (84,3 %), desproteinização (98,30 %), desacetilação (66,1 %) e massa molecular média de 372 KDa. A quitosana comercial (Sigma Aldrich®) e a sintetizada foram modificadas por imobilização de 1-metil-3-(p-carboxifenil)triazeno 1-óxido (1) e bis[1-metil-3-(pcarboxifenil)triazenido 1-óxido]NiII (2). Este processo de suporte resulta em materiais orgânicos (3a) e (3b) e materiais híbridos (4a) e (4b), respectivamente. Os resultados obtidos da espectroscopia de infravermelho (FTIR) mostraram a banda [N=N] do composto (1) em 1420 cm-1 e 1427 cm-1 , nos espectros dos compostos (3a) e (3b), respectivamente. As bandas de quitosana [C-O-C] foram observadas em 1102, 1024 cm-1 para (3a) e 1097, 1048 cm-1 para (3b). Uma alteração na banda [O-H] nos compostos (3a) e (3b) em comparação ao composto (1) foi observada, isto ocorreu devido às vibrações de estiramento das ligações de hidrogênio (-N-HO- ), evidenciando a presença da interação entre o grupo carboxilato (-COO- ) composto (1) e o grupo amino protonado (NH3 + ) da quitosana. A banda [NNN] observada em 1394 cm-1 no espectro do complexo triazenido (2) apresentou um deslocamento nos compostos (4a) e (4b) sendo observadaem 1378 e 1396 cm-1 , respectivamente, demonstrando indícios da ligação do composto (2) à quitosana. As bandas [C-O-C], características de quitosana, também foram observadas em 1079, 1042 cm-1 para (4a) e 1072 cm1 para (4b). A calorimetria exploratória diferencial (DSC) evidenciou a perda de estabilidade térmica dos compostos (3a) e (3b) em relação à quitosana, também foram identificados picos exotérmicos, que sugerem a presença do composto (1) (214,47 ºC) em (3a) 189,50 ºC e (3b) 194,93 ºC. Além disso, foram identificados picos exotérmicos em 242,37 ºC (4a) e 237,87 ºC (4b), sugerindo a presença do composto (2) (260,11 ºC) na sua estrutura do material híbrido. A microscopia eletrônica de varredura (MEV) e a espectroscopia de energia dispersiva (EDS) mostraram morfologia e análise qualitativa do composto (1) bem como para os compostos inéditos (2), (3a), (3b), (4a) e (4b).