Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Maggi, Gabriel |
Orientador(a): |
Gasperin, Bernardo Garziera |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Veterinária
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14472
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Resumo: |
A eficiência reprodutiva dos rebanhos ovinos e a rentabilidade são muito beneficiadas pela utilização de biotécnicas da reprodução assistida, como exemplo dos tratamentos para o controle do ciclo estral e a inseminação artificial em tempo fixo (IATF). No primeiro estudo objetivou-se revisar e discutir os principais aspectos dos protocolos para controle do ciclo estral e suas atualizações. Com base nessa revisão, observouse grande variedade de tratamentos para indução e sincronização do estro, sendo que até o momento os protocolos baseados em progestágenos e gonadotrofina coriônica equina (eCG) são os que possibilitam melhores resultados. O segundo estudo, teve como objetivo revisar a utilização da dupla inseminação artificial (dupla IA), pela via cervical superficial, tanto após a detecção do estro, como em tempo fixo. Observouse que os resultados apresentados na literatura após a dupla IA são contraditórios. Além disso, a maioria dos estudos não condizem com os protocolos de sincronização do estro e doses inseminantes atuais, além de utilizarem sêmen congelado pela via cervical superficial, a qual não é considerada adequada. Conclui-se que novos estudos são necessários para avaliar o potencial benefício da dupla IATF nos programas de IA utilizados atualmente. Os objetivos do terceiro estudo foram avaliar o efeito da dupla inseminação artificial em tempo fixo, a eficácia da dose de 125 µg de cloprostenol para induzir a luteólise e determinar a curva de disponibilidade de gonadotrofina coriônica humana (hCG) após aplicação por via intramuscular (i.m.). No Exp. 1, ovelhas receberam dispositivos intravaginais (DIV), contendo acetato de medroxiprogesterona (60 mg) durante 7 dias, na remoção do dispositivo foram administrados eCG (300 UI) e prostaglandina (PGF; 250 µg). Todas as ovelhas foram inseminadas 54 h após a retirada do DIV, com utilização de sêmen fresco (100 x 106 espermatozoides/dose), pela via cervical superficial, juntamente com a aplicação de 4 µg de buserelina. Nesse momento, as fêmeas foram alocadas em dois grupos: controle (n=127) e 2IA (n=128). O grupo 2IA foi inseminado novamente 14 h após a primeira IATF. No Exp. 2, ovelhas receberam DIV por 6 dias, sendo que na remoção o grupo PGF 125 (n=41) e o grupo PGF 250 (n=40), receberam 125 e 250µg de cloprostenol i.m., respectivamente. Após, as fêmeas foram expostas a monta natural. No Exp. 3, ovelhas (n=5/grupo) foram tratadas com 100 (hCG100), 250 (hCG250) ou 500 UI de hCG i.m. (hCG500), no momento da retirada do DIV, que permaneceu durante 14 dias. Amostras de sangue foram coletadas 0, 6, 12, 24, 36 e 48 h após a aplicação. No Exp. 1, observou-se que a dupla IATF possibilitou incremento na taxa de prenhez de 12 pontos percentuais, em relação a IA única (P=0,04). No Exp. 2, as doses de 125 e 250 µg de cloprostenol não diferiram quanto a taxas de expressão do estro (81 e 65%, P=0,12), taxa de concepção (67 e 69%, P=0,83) e taxa de prenhez (54 e 45%, P=0,39). No Exp. 3, as três doses de hCG apresentaram pico plasmático 6 h após o tratamento, sendo que foi possível detectar níveis séricos de hCG durante todos os momentos avaliados. Conclui-se que a dupla IATF possibilita incremento significativo na taxa de prenhez, porém, o custo-benefício dessa abordagem deve ser avaliado em cada situação, considerando a necessidade de mão de obra. A eficácia similar das duas doses de cloprostenol avaliadas possibilita a redução de custo e de volume a ser administrado nos animais. Finalmente, as curvas de hCG observadas podem auxiliar na definição de doses a serem utilizadas nos estudos avaliando o potencial uso dessa gonadotrofina para indução do crescimento folicular final ou da ovulação. |