A cidade da infância (re)visitada: a relação entre presente e passado sobre o futuro da nostalgia em Pelotas (RS).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Tissot, Karla Nazareth Simões de Almeida
Orientador(a): Vieira, Sidney Gonçalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5456
Resumo: O tempo se inscreve na cidade e a cidade, através de suas transformações, ausências e permanências se inscreve na memória de seus habitantes. Em pouco mais de trinta anos, quem viveu a infância em Pelotas (RS) nos anos 80 e início dos anos 90, ao confrontar a cidade lembrada e a cidade percebida, com frequência deixa transparecer o sentimento nostálgico em suas narrativas. Entre conversas com amigos pelotenses, cujas infâncias se deram na referida época, a nostalgia em seus relatos, no entanto, parece ir além de uma mera presença de passado, parece indicar também um sentimento menor ou maior de pertença e identidade com relação a Pelotas (RS), e não somente no presente, mas também sobre às projeções de futuro. Desta feita, esse estudo busca compreender como os lugares nostálgicos são percebidos na cidade de Pelotas (RS) e como a imagem resultante dessa percepção se relaciona com a construção do senso de identidade e de pertencimento com a cidade. A estratégia para responder a essa indagação é o de identificar o tipo de relevância que os lugares possuem e a nostalgia acionada por eles. A abordagem metodológica se apóia na fenomenologia da Geografia Humanística, com enfoque nos elementos organizadores da imagem da cidade elaborados por Kevin Lynch. Assim, através das entrevistas com pessoas nascidas entre 1977 e 1982, notamos que os lugares recordados podem ser classificados através de elementos muito similares aos sugeridos por Lynch, além de evocarem sentimentos nostálgicos de naturezas distintas. Também sugerirmos que, quanto mais marcos espaciais e zonas afetivas os sujeitos possuem, e quanto maior e mais positiva a nostalgia que provocam, maior a identidade e pertencimento com a cidade.