Educação em Ciências e deficiência visual: estratégias de um ensino inclusivo para a superação de barreiras em sala de aula.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Del Sacramento, Jordania da Silva
Orientador(a): Gil, Robledo Lima
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7984
Resumo: A presente dissertação despertou das dificuldades com a educação inclusiva durante as práticas de estágio e nos projetos de ensino, pesquisa e extensão ao longo da graduação em Licenciatura em Química no Instituto Federal Sul Rio-Grandense, associada também aos relatos destas dificuldades por Amélia Bastos e demais professores em artigos científicos. Ao ingressar, em 2018, no mestrado em Ensino de Ciências e Matemática da Universidade Federal de Pelotas, junto a meu orientador desenvolvemos esta pesquisa que teve como objetivo geral investigar e identificar no Ensino de Ciências quais estratégias são utilizadas pelos professores e alunos com deficiência visual e em que medida estas dão conta da superação de barreiras em salas de aula do Brasil. Para tanto, utilizamos como referencial teórico o materialismo histórico dialético de Lev Vigotski que demonstra a importância da transformação sócio cultural para o desenvolvimento de uma criança. E também nos amparamos nos obstáculos pedagógicos e epistemológicos de Gaston Bachelard que se refere às barreiras no processo de ensino e aprendizagem do estudante. Para atingir estes objetivos fizemos uma pesquisa bibliográfica utilizando como fonte de coleta de dados o repositório da CAPES e da Scielo. Depois da leitura de cada artigo selecionado fizemos análises qualitativas e da reflexão destas emergiram os principais capítulos que vão de encontro aos objetivos: barreiras no Ensino de Ciências a alunos com deficiência visual, formas de superação das barreiras e as estratégias destes professores e alunos. Como resultados destacamos que as estratégias cognitivas e metacognitivas mais utilizadas pelos alunos com deficiência visual e as estratégias metodológicas e instrumentais pelos professores destes alunos no ensino da Ciência Química são as principais responsáveis pela superação das barreiras atitudinais em sua maioria encontradas. Concluimos que o educando e o educador utilizam de estratégias diferentes, por isso o professor precisa buscar pela capacitação e por cursos de pós-graduação para conhecer e aprender a utilizar as estratégias com seu aluno e também para orientá-lo na utilização da estratégia cognitiva ou metacognitiva mais adequada em cada aula, pois são importantes para a formação das habilidades e capacidades deste aluno. Com base nas discussões dos resultados e conclusões alcançadas, construimos o produto final do mestrado, composto por um guia com sugestões de práticas de laboratório adaptadas para professores do Ensino de Química que atuam com alunos com deficiência visual para servir como ferramenta auxiliar.