Os empréstimos estrangeiros e o aparelhamento das economias sul-americanas (1860 – 1935).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Almeida Neto, Francisco Barreto de
Orientador(a): Flores, Mariana Flores da Cunha Thompson
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5566
Resumo: Entre os anos de 1850 e 1920 o mundo sofreu transformações sem precedentes nas relações econômicas e sociais. Por todos os cantos do planeta ocorreu uma maior estreiteza econômica entre as nações que estavam decisivamente livres das amarras dos pactos coloniais e apoiadas nos avanços técnicos ampliavam incessantemente a rede de contatos internacional. Neste movimento expansionista, as remotas economias deveriam ser incluídas nas novas formas de relações financeiras, caracterizada pela falta de exclusividade comercial, abundância de capital e redefinição de propriedades e limites. A mudança era progressiva e outros formatos de relação eram considerados atrasados, antagônicos e até mesmo um obstáculo. Neste contexto é que as economias latino-americanas historicamente de herança colonial deveriam sofrer uma mudança radical nas bases estruturantes de forma que vínculos fossem criados ou reforçados no sentido de sustentar a fase que o capitalismo alcançou. Dentre as diversas características deste novo estágio do modo de produção capitalista o fator que mais nos interessa neste trabalho é a exportação de capitais, um elemento decisivo e que transformou as nações latino-americanas. As alterações foram no sentido de preparar as economias para o recebimento do fluxo de capitais que a partir então inundaram as nações e promoveram o desenvolvimento interno. Mesmo se tratando de um processo contínuo optamos por selecionar a Guerra do Paraguai (1864-1870), a Guerra do Pacífico (1879-1883) e a Guerra do Chaco (1932-1935) enquanto recortes temporais, mas também enquanto importantes pontos de inflexão das transformações econômicas em curso. Apesar do período de guerra ser por sua própria natureza marcada pela mudança em muitos aspectos, nosso trabalho vai no sentido de comparar estas alterações ocorridas durante os conflitos confrontando com as ocorrências fora dos mesmos a fim de perceber se estas alterações foram significativas e se levaram a uma condição de dependência econômica.