A Instrução Pública na República Rio-Grandense (1836-1845).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Xavier, Itamaragiba Chaves
Orientador(a): Amaral, Giana Lange do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7824
Resumo: O tema pesquisado é a Instrução Pública na República Rio-grandense, entre o período de setembro de 1836 até março de 1845. Espaço de tempo em que parte da Província de São Pedro, atual Estado do Rio Grande do Sul, esteve separada do império brasileiro constituindo a República Rio-grandense, em decorrência dos fatos da Revolução Farroupilha (1835-1845). Através dos jornais oficiais do governo farroupilha e outras fontes já utilizadas pela historiografia (leis, ordens de pagamentos de professores, etc.) é possível perceber o modelo de Educação desejado pelos republicanos rio-grandenses. Essa é uma questão que esclarecemos, tendo por base o seguinte questionamento: qual o modelo de Instrução Pública almejado pelos farroupilhas? O objetivo geral dessa pesquisa é contribuir na análise do modelo “educacional farrapo”. Os objetivos específicos são: relacionar os ideais da Revolução Farroupilha com as novas perspectivas da sociedade mundial, analisar a Instrução Pública do governo imperial na Província de São Pedro, caracterizar o modelo de Instrução Pública almejado pelos republicanos rio-grandenses e identificar ações práticas do governo farroupilha, referentes à Instrução Pública. Nesse estudo, as fontes utilizadas são: os jornais da Revolução Farroupilha - O Povo, O Americano e o Estrela do Sul importantes por serem os diários oficiais da República Rio-grandense, onde são difundidos os princípios dos farroupilhas e os atos do governo; também o jornal O Mensageiro, órgão oficial dos farrapos, antes da separação de parte da Província de São Pedro do resto do Brasil; as cartas dos participantes da Revolução, editadas pelo Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul (Coleção Varela - C.V); o Projeto de Constituição da República Rio-grandense, publicado em anexo em Flores (1985) e algumas memórias. Usamos também como fonte de pesquisa os relatórios e falas dos presidentes da província, que estão disponíveis no site http:/www.crl.edu/content/provopen.htm, e as leis, atos e regulamentos sobre Educação que foram publicadas em CD-ROM por Tambara e Arriada (2004). Concluindo, o modelo almejado pelos farroupilhas diferenciava a educação por classe social, era centralizadora, controlada pela lei, a maior parte da população livre receberia uma educação mínima para regular sua conduta conforme os interesses da classe dominante. Houve, também, a busca do método de Lancaster e a mulher continuou a ser preparada para o lar, pois essa seria a sua principal função social.