Mulheres que fazem uso de substâncias psicoativas: entre desafios e potencialidades do cuidado integral na Estratégia Saúde da Família

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Herreira, Lieni Fredo
Orientador(a): Oliveira, Michele Mandagará de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Departamento: Faculdade de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7480
Resumo: O uso de substâncias psicoativas por mulheres ainda é permeado pelo preconceito e estigma, o que dificulta o acesso delas aos serviços de saúde. Geralmente quando ocorre o acesso, as mulheres se encontram com quadros clínicos agravados e/ou estão gestantes e, nesse caso o feto torna-se centro das atenções. Diante dessa perspectiva se percebe a necessidade de ampliar as ações de cuidados a esta mulher dentro da atenção básica, por ser este serviço a porta de entrada as atividades de prevenção e promoção da saúde. Este estudo objetivou conhecer as contribuições da Equipe de Saúde da Família na prevenção de riscos e agravos e promoção da saúde de mulheres que fazem uso de Substancias Psicoativas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada no período de junho e julho de 2018, através de aplicação de entrevistas semiestruturadas a dezoito profissionais que compõe a equipe de saúde da família de um município do interior do Rio Grande do Sul, cujos dados foram organizados e submetidos a análise de conteúdo proposta por Bardin. Nos resultados encontramos que os sujeitos da pesquisa mesmo diante das vulnerabilidades enfrentadas no contexto de vida de algumas pessoas procuram acolher e criar vínculo com as mulheres, e este vinculo acontece geralmente, com pelo menos um integrante da equipe para que elas tenham acesso ao serviço. Porém percebeu-se que mesmo quando elas chegam até o serviço é omitido para equipe o uso de Substâncias Psicoativas, acessando assim o serviço por outros motivos. Percebeu-se também a falta de capacitação referida pelos profissionais sobre a temática de uso de Substâncias Psicoativas, o que para eles dificulta ao atendimento aos usuários. Porém deve-se salientar que eles procuram olhar para estas mulheres de forma integral, analisando o seu contexto e assim tentando acesso por outros meios, como grupos disponíveis na unidade, consultas de enfermagem com os filhos, visita domiciliar entre outros, para então realizar o cuidado necessário a saúde delas. Assim pretende-se com este trabalho que se possa refletir a essencialidade da atenção básica para prevenção de riscos e agravos, bem como a promoção de saúde no território. Por isso, a principal temática encontrada nos afirma que mesmo com todos desafios encontrados, a Estratégia Saúde da Família contribui efetivamente para a realização da atenção integral no território. Desta forma convido aos leitores para ler e refletir acerca das possibilidades de promoção de saúde que podem ser realizadas no território.