Inosina como um agente neuroprotetor em modelos experimentais para a Doença de Alzheimer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Teixeira, Fernanda Cardoso
Orientador(a): Spanevello, Roselia Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10395
Resumo: A doença de Alzheimer (DA) é uma patologia neurodegenerativa e a principal causa de demência em idosos. Acerca dos mecanismos patofisiológicos envolvidos na DA pode-se destacar o déficit colinérgico, o estresse oxidativo, a neuroinflamação e as alterações na sinalização purinérgica. Considerando que os fármacos disponíveis para a DA apenas aliviam os sintomas, a busca por terapias mais eficazes torna-se importante. A inosina é uma purina endógena que possui ações antioxidantes, anti- inflamatórias e neuroprotetoras. Assim, o objetivo desse trabalho foi investigar os efeitos dessa purina na memória e em parâmetros neuroquímicos em modelos experimentais de DA. Foram avaliados dois protocolos: no primeiro, os ratos foram divididos nos seguintes grupos: controle, escopolamina (SCO), SCO + inosina (50 mg/kg) e SCO + inosina (100 mg/kg). A inosina foi pré-administrada por 7 dias, por via intraperitoneal. No oitavo dia, a SCO foi administrada pré ou pós-treino da tarefa de esquiva inibitória. No segundo, os ratos foram divididos nos grupos: controle, estreptozotocina (STZ), STZ + inosina (50 mg/kg) e STZ + inosina (100 mg/kg). STZ foi administrada por injeção intracerebroventricular e os animais foram tratados com inosina durante 25 dias. Em ambos os protocolos, a inosina foi capaz de prevenir os déficits de memória, alterações em enzimas colinérgicas e estresse oxidativo em córtex cerebral e hipocampo. No modelo de DA induzido por STZ, a inosina também foi capaz de diminuir a imunorreatividade do receptor de adenosina A2A, aumentar os níveis de citocinas anti-inflamatórias e a expressão do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) e seu receptor (TrkB). As alterações morfológicas induzidas pelo STZ no hipocampo também foram atenuadas pelo tratamento com inosina (50 e 100 mg/kg). Os resultados obtidos demonstraram que a inosina afeta múltiplos alvos cerebrais, sugerindo que este nucleosídeo pode ter um importante potencial terapêutico contra déficits cognitivos e danos teciduais associados à DA ou outras doenças neurodegerativas.