Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Cougo Junior, Francisco Alcides |
Orientador(a): |
Albernaz, Renata Ovenhausen |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7423
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Resumo: |
Esta tese tem como objeto de análise a patrimonialização cultural de arquivos no Brasil. A investigação visa compreender como se dá o processo de conformação do patrimônio cultural arquivístico brasileiro a partir de suas dimensões políticas, sócio-históricas e técnicas. Neste sentido, o estudo busca identificar os agentes sociais envolvidos na patrimonialização, assim como suas práticas, discursos e ações. Propõe, ainda, um debate crítico sobre o processo de patrimonialização de arquivos na contemporaneidade. O objeto é investigado a partir de uma perspectiva essencialmente histórica, orientada pelo método dialético de caráter qualitativo e olhar indutivo. A consecução do trabalho investigativo se deu através da pesquisa e análise de um vasto conjunto de fontes primárias (relatórios, dispositivos legais, publicações oficiais, depoimentos etc.) e secundárias (trabalhos acadêmicos, sobretudo) produzidas pelos próprios agentes sociais no intercurso da patrimonialização. A pesquisa se detém sobre o âmbito nacional do processo e contempla um recorte temporal que cobre os anos de 1808 a 2018. Neste sentido, são investigadas a gênese e o desenvolvimento dos principais agentes de patrimonialização cultural de arquivos presentes na história brasileira, sobretudo sob o ponto de vista institucional. Como conclusões, analisam-se os gestos da patrimonialização e, com destaque, os cinco atos performativos que compõem o esquema geral de compreensão sobre o processo: a) aquisição (que pode adquirir as formas de compra, doação ou comodato); b) recolhimento (compulsório ou mediante avaliação); c) tombamento; d) declaração de interesse público e social e; e) reconhecimento através do programa Memória do Mundo. Ao fim, constata-se que os atos performativos da patrimonialização cultural de arquivos no Brasil podem assumir as características custodiais ou declaratórias e que são caracterizados, também, por opacidade, endogenia e descontinuidades. Ademais, os atos são marcados por três traços históricos essenciais: a “hipertrofia atrofiada” do Estado brasileiro, a incidência de excepcionalidades e a presença de constantes impasses a respeito dos valores atribuídos aos arquivos. A análise sobre os gestos, atos, formas, características e traços indicam, finalmente, os múltiplos caminhos que nos levam a refletir sobre o tema. E que podem servir como aportes para futuras investigações. |