Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Blois, Leandro Gularte |
Orientador(a): |
Beltrame, Rafael |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/12837
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Resumo: |
A deterioração dos materiais de construção civil, em ambientes agressivos, como é o caso do extremo sul do país é intensa por causa da região costeira e portuária somada as operações industriais, fortes ventos e um ambiente severamente marítimo. Os sais solúveis e a umidade são os principais causadores das degradações em estruturas de alvenaria nesse tipo de ambiente. A argamassa de saneamento, não comumente utilizada no Brasil, porém bastante difundida na Alemanha é um material que vem apresentando resultados pertinentes e satisfatórios a construção civil. Esse material, altamente poroso, permite a migração da contaminação salina da alvenaria para a argamassa de saneamento e sua consequente cristalização sem danificar o revestimento. No Brasil, ainda é precário a determinação de técnicas capazes de lidar com a migração e a cristalização de sais solúveis em revestimentos argamassados em alvenaria e estruturas. Em Rio Grande, no Estado do Rio Grande do Sul, é comum a existência de deterioração em revestimentos de argamassa e o surgimento de outras manifestações patológicas decorrentes das características do ambiente em relação à salinidade e umidade. Por isso, buscou-se aplicar uma argamassa de saneamento, utilizada para recuperação de prédios históricos na cidade de Rio Grande, em alvenaria convencional completamente saturada de sais solúveis e observar o comportamento dos íons cloreto ao longo da profundidade de penetração da microestrutura dos revestimentos em três, cinco e sete centímetros de espessura. Desse modo, analisar se o revestimento de argamassa de saneamento, em diferentes espessuras, utilizado nos substratos de alvenaria convencionais, altamente contaminado, com esses íons possui comportamento de reboco final de recuperação. A metodologia de contaminação, cura, revestimento dos substratos, extração de amostras, tratamento das amostras e análise da migração dos íons cloreto do substrato para a argamassa de saneamento seguiu as poucas referências bibliográficas existentes no Brasil e as recomendações do Caderno Alemão WTA. Os resultados obtidos mostraram as principais características da argamassa de saneamento em relação ao seu estado fresco e endurecido e diversos perfis de comportamento da migração de íons cloreto do substrato para a argamassa de saneamento em suas diferentes espessuras de revestimentos. Concluiu-se que a argamassa de saneamento precisa de certos cuidados em sua utilização devido a baixa resistência à tração na flexão e à compressão. Entretanto, apresentou ótimos resultados quanto a aplicação em ambientes de atmosfera marinha para as espessuras de três e cinco centímetros cumprindo seu papel de retenção de íons cloreto evitando a deterioração por umidade e sais. Inicialmente, os revestimentos com sete centímetros de espessura não apresentaram bom comportamento, não sendo indicados para rebocos de recuperação. O bom desempenho do revestimento vai depender da espessura e da sua capacidade de reter os sais solúveis em ambientes litorâneos, costeiros e portuários. |