Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Duarte, Marcelo de Andrade |
Orientador(a): |
Martins, Aulus Mandagará |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Centro de Letras e Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/ri/2725
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Resumo: |
A valorização do passado é um dos temas mais enfatizados na história da literatura angolana (CHAVES, 2004), porém o que muitos escritores buscavam ao voltarem-se ao passado era a cultura que permeava o país antes da imposição colonial. No entanto, contemporaneamente, o que se percebe é que o retorno desse tempo anterior se dá com intenções distintas, entre elas, repensar o “novo mundo”, o mundo pós-colonial, que era vislumbrado pelos autores, principalmente da geração dos anos 40. Estando Luandino Vieira incluso nesse movimento contemporâneo de problematizar o passado, esta dissertação visa, com ênfase nos estudos comparatistas, mais especificamente no entrecruzamento de literatura e história (RICOEUR, 2010), analisar como Vieira, por meio da voz narrativa do ex-guerrilheiro Kene Vua, repensa e recria fatos históricos do passado de guerras de Angola. Para isso, teremos como corpus privilegiado o romance De rios velhos e guerrilheiros: o livro dos guerrilheiros, em que o já citado narrador realiza, através de memórias fragmentadas, uma reavaliação do colonialismo, repensando passado e presente angolanos. No transcorrer da narrativa, Luandino expõe a fronteira tênue entre literatura e história, pois se utiliza de paratextos (notas autorais, “prólogos”, epílogo) em que se coloca no romance afirmando que todas as “estórias” ali narradas são “verdades” contadas a ele por Kene Vua. |