Ser Indiano às Margens do Mediterrâneo: uma socioantropologia com migrantes indianos na cidade de Marselha/França.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Corrêa, Otávio Amaral da Silva
Orientador(a): Rodolpho, Adriane Luísa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6480
Resumo: Este trabalho se debruça sobre as rotas migratórias de pessoas cujas origens estão enraizadas na Índia, assim como sobre o imaginário cultural a respeito dessa população que vive em Marselha, sul da França. A diáspora indiana é um tema ainda não desenvolvido no meio acadêmico francês, especialmente dentro dos departamentos de Antropologia e Sociologia, quando comparados a outros países – tais como a Inglaterra e os Estados Unidos. O fenômeno da migração, por sua vez, é um campo de estudos peculiar à cidade de Marselha, muito em razão da imagem cosmopolita que lhe é auferida. No entanto, a presença de indianos em pesquisas etnográficas não é perceptível. Na verdade, me questiono a respeito das diferentes trajetórias percorridas por estes indivíduos dentro da construção de sua sociabilidade no contexto urbano de Marselha. Qual é a rota migratória percorrida por estes indianos que chegaram em Marselha, mas que são ainda invisíveis nos estudos de migração na França? Quais são as razões pelas quais estes migrantes escolheram a França em vez de países anglófonos? Baseando-se em uma análise da cidade e seu quotidiano particular, na construção da rotina e de sua paisagem, esta etnografia é feita a partir de uma observação flutuante nos restaurantes indianos da cidade. Por meio de um percurso em rede que moveu o trabalho de campo, construo nosso estudo baseado em “entretiens compréhensifs” e observação participante no dia-a-dia destes migrantes. Visando construir uma etnografia sensível acerca da migração, coloco o pesquisador como um ator dentro de sua pesquisa e de seu campo, percebendo sua presença como uma resposta ao método etnográfico.