Adição de ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs) de cadeia longa ômega-3 na maturação de oócitos suínos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Alves, Barbara da Silva
Orientador(a): Lucia Júnior, Thomaz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
Departamento: Centro de Desenvolvimento Tecnológico
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
MIV
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3728
Resumo: A produção in vitro de embriões é uma das principais técnicas aplicadas a reprodução animal. A suplementação com ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa (PUFA) da série ômega-3 nos meios de maturação in vitro (MIV) pode ser relevante para a diminuição de gotículas lipídicas que prejudicam a eficiência da produção in vitro e criopreservação de embriões suínos. O presente trabalho avaliou o efeito da suplementação do meio de MIV com dois PUFA, o eicosapentaenoico (EPA) e o docosahexaenóico (DHA), sobre a maturação nuclear de oócitos suínos. Folículos com 3 a 6 mm de diâmetro foram aspirados de ovários de fêmeas suínas pré-púberes coletados em frigoríficos. O meio de maturação foi constituído de TCM-199 suplementado com 0,57 mM de cisteína, 0,91 mM de piruvato de sódio, 10 ng/mL de EGF, 0,5μg/mL de LH, 0,5μg/mL de FSH e 0,1% de PVA. A MIV foi avaliada para grupos com aproximadamente 30 complexos cumulus-oócitos, compondo quatro tratamentos, em meios suplementados com: 10% de fluído folicular suíno (FFS), considerado como controle; 50; 100 e 150μM de cada PUFA. Foi também realizada a suplementação com FFS e AMPc para avaliar a possível toxicidade desses ácidos graxo. Após as 44 h de MIV, os oócitos foram corados com Hoechst 33342. Houve diferença entre as taxas de MIV obtidas nos meios suplementados com diferentes níveis de EPA a partir de 100 μM, em comparação ao controle (P > 0,05). As taxas de MIV observadas nos meios suplementados com DHA em concentrações a partir de 100 μM foram inferiores às observadas para o controle (P < 0,05). Quando comparadas com meios suplementados FFS e AMPc, as taxas de MIV observas com 50 μM de EPA e DHA não diferiram (P > 0,05). Estes resultados indicam que a suplementação de meios para MIV com EPA e DHA influenciam de forma negativa as taxas de maturação in vitro nuclear, sugerindo um efeito tóxico para os oócitos suínos.