Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Squeff Filho, Jorge |
Orientador(a): |
Varela Junior, Antonio Sergio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Veterinária
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Departamento: |
Faculdade de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7884
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Resumo: |
As variações e dificuldades em manter os parâmetros espermáticos da célula equina após manipulação (resfriamento e congelamento) nos leva a uma busca por substâncias que possam ser adicionadas aos meios de diluição de sêmen com o intuito de manter ou ainda melhorar a viabilidade celular. Com esse intuito, a presente dissertação testou, em dois experimentos, a adição de quercetina e progesterona ao sêmen equino. No experimento referente a adição da quercetina foram utilizados 10 cavalos da raça Crioula com idades entre 4 e 8 anos; a coleta de sêmen foi realizada com vagina artificial e 3 ejaculados de cada animal foi obtido (totalizando 30 ejaculados). As amostras foram submetidas a 5 diferentes tratamentos (0; 0,25mM; 0,5mM; 0,75mM e 1mM) de quercetina adicionadas previamente ao diluente de congelamento. As análises referentes aos parâmetros cinéticos da célula foram avaliadas de maneira subjetiva por uma pessoa treinada em microscópio contraste-fase e os parâmetros referentes a viabilidade da população espermática foram obtidos através de citometria de fluxo. A análise estatística realizada a partir dos dados obtidos não demonstrou diferença significativa entre os tratamentos e o controle (P > 0,05). O experimento referente a adição de progesterona foi realizado em duas etapas; a primeira etapa consistiu na realização de um teste de toxicidade do sêmen as diferentes concentrações do hormônio. A coleta do sêmen foi realizada com vagina artificial de um total de 10 cavalos da raça Crioula com idades entre 4 e 10 anos; posteriormente a isso as amostras foram submetidas a resfriamento até a temperatura de 5°C e adicionados os tratamentos contendo 7 diferentes concentrações de progesterona (0; 1; 2,5; 5; 10; 100 e 1000 ng/mL) em 3 tempos de exposição (0,5h; 3h e 24h). A segunda etapa consistiu na criopreservação do sêmen obtidos através de vagina artificial de 15 cavalos da raça Crioula com idades entre 4 e 10 anos. Os ejaculados foram submetidos aos tratamentos com 5 concentrações diferentes de progesterona (0; 1; 5; 10 e 100 ng/mL) adicionados ao meio diluente de criopreservação previamente ao congelamento. As análises em ambas as fases do experimento, dos parâmetros cinéticos espermáticos foram feitas pelo Sistema Computadorizado de Análise de Sêmen (CASA), bem como em ambas as avaliações feitas por citometria de fluxo referentes a viabilidade da população espermática.A análise estatística realizada posteriormente ao teste de toxicidade, ou seja, com o sêmen resfriado demonstrou melhora estatística (P < 0,05) nas concentrações de 5 e 1000 ng/mL no período de 3h de exposição em parâmetros relacionados com velocidade e distância percorrida do espermatozoide (DAP, DCL, DSL, VAP, VCL, VSL). Houve também aumento significativo na reação de acrossoma após 24 horas de exposição na concentraçãode 5 ng/mL e diminuição significativa (P < 0,05) da peroxidação lipídica (LPO) nas concentrações de 10, 100 e 1000 ng/mL também no período de 24 horas. Os dados obtidos das amostras pós-descongelamento demonstraram uma diminuição (P < 0,05) da produção de espécies reativas de oxigênio (ROS), entretanto os outros parâmetros avaliados não diferiram estatisticamente do controle. A partir de todos os dados obtidos nos dois experimentos é possível afirmar que a adição de quercetina e progesterona ao meio de diluição, previamente a criopreservação não é interessante, uma vez que não impõe melhoras significativas na qualidade espermáticas; entretanto a adição de progesterona ao sêmen fresco resfriado demonstrou ações benéficaspara imediata utilização do sêmen, como hiperativação, capacitação e ação anti-oxidante. |