Influência das técnicas de instrumentação manual, rotatória e reciprocante na dor pós-operatória endodôntica: revisão sistemática da literatura.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Spohr, Andressa Raquel
Orientador(a): Morgental, Renata Dornelles
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4643
Resumo: O objetivo dessa revisão sistemática foi avaliar a influência das técnicas de instrumentação manual, rotatória e reciprocante na dor pós-operatória em pacientes submetidos a tratamento endodôntico em dentes permanentes. Os artigos foram selecionados para essa revisão de acordo com os seguintes critérios de inclusão: ensaios clínicos randomizados com pacientes submetidos a tratamento endodôntico em dentes permanentes, comparando técnicas de instrumentação com diferentes cinemáticas (limas manuais de aço inoxidável versus limas mecanizadas de níqueltitânio ou limas mecanizadas de níquel-titânio rotatórias versus reciprocantes) e seu efeito na dor pós-operatória. Dados sobre a ingestão de analgésicos também foram registrados. A busca eletrônica foi realizada nas bases de dados MEDLINE, ISI Web of Science e Scopus, além de pesquisas manuais. O risco de viés foi avaliado para cada artigo e o sistema GRADE foi aplicado para a avaliação da qualidade da evidência. Doze estudos e 1659 pacientes com idades entre 14 e 73 anos foram incluídos nessa revisão. Cinco estudos compararam as técnicas de instrumentação manual versus mecanizada (rotatória e/ou reciprocante). A maioria deles mostrou maiores níveis de dor pós-operatória para a técnica manual. Sete estudos e um conjunto de dados de um dos 5 artigos anteriores foram incluídos na comparação de técnicas rotatórias versus reciprocantes. A maioria deles mostrou maiores níveis de dor pós-operatória para a instrumentação reciprocante. Os dados sobre a ingestão de analgésicos revelaram resultados controversos. O sistema GRADE mostrou baixa qualidade de evidência. Pode-se concluir que a técnica de instrumentação manual induziu maiores níveis de dor pós-operatória quando comparada com as técnicas mecanizadas. Instrumentos reciprocantes levaram a maiores níveis de dor pósoperatória do que as técnicas rotatórias. No entanto, devido à baixa qualidade da evidência e aos achados conflitantes, os resultados devem ser considerados com cautela.