Qualidade física de um Argissolo sob a influência de diferentes doses de cinza de casca de arroz.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Tuchtenhagen, Ivana Kruger
Orientador(a): Lima, Cláudia Liane Rodrigues de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Manejo e Conservação do Solo e da Água
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8686
Resumo: A casca de arroz origina-se do processo de beneficiamento do arroz. A casca de arroz devido ao seu alto poder calorífico vem substituindo a lenha como fonte de energia nas indústrias. O subproduto gerado desta queima é denominado cinza de casca de arroz (CCA). Para a obtenção de um uso racional de CCA em solos agrícolas, este trabalho tem como hipótese que diferentes doses de CCA podem interferir na qualidade física e estrutural de solo. Tendo como objetivo de avaliar após três anos a influência da adição da cinza de casca de arroz sobre parâmetros da qualidade física e estrutural de um Argissolo Vermelho Amarelo. Foram determinados: a densidade do solo; a macroporosidade; a microporosidade; a porosidade total; a estabilidade de agregados em água; o diâmetro médio ponderado de agregados estáveis em água; o carbono orgânico total; a resistência tênsil de agregados (RT); a friabilidade (F) e a compressibilidade do solo através dos parâmetros, pressão de preconsolidação; índice de compressão e grau de compactação. O estudo foi realizado no Centro Agropecuário da Palma da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em Capão do Leão (RS). O experimento foi constituído por cinco doses de CCA (0, 20, 40, 80 e 120 t ha-1), em um delineamento em blocos ao acaso com quatro repetições. As amostras foram coletadas na camada de solo de 0,00-0,10 m. Foram coletadas amostras com preservada e não preservada de solo na camada de 0,00 a 010 m. Para avaliação da resistência tênsil, as amostras foram secas ao ar, selecionando-se 2000 agregados, os quais foram submetidos a testes de tensão indireta através de um atuador eletrônico a uma velocidade constante. A friabilidade foi calculada através do coeficiente de variação da resistência tênsil. Para quantificação dos parâmetros compressivos as amostras com estrutura preservada de solo foram saturadas com água por capilaridade e equilibradas em câmaras pressão de Richards no potencial de - 10 kPa, sendo então submetidas a ensaios de compressão uniaxial e pressões sucessivas e estáticas de 25; 50; 100; 200; 400; 800 e 1.600 kPa. Como conclusões gerais pode-se dizer que a CCA aplicada ao solo diminui a densidade e a pressão de preconsolidação, aumentando a porosidade total e a macroporosidade do solo. O tratamento sem adição de CCA (0 t ha-1) apresentou o maior DMP, enquanto o tratamento com 120 t ha-1 CCA proporcionou o menor DMP. De uma maneira geral, foi possível observar que à medida em que foram aumentadas as doses de CCA, diminuíram os valores de RT e aumentaram os valores de CT. Os atributos físicos estudados podem ser eficientes na avaliação da qualidade estrutural dos solos com CCA. Porém, mais estudos precisam ser realizados para que valores críticos desses atributos físicos em relação ao adequado desenvolvimento de plantas possam ser definidos para diferentes tipos de solos. Com base nos resultados obtidos neste estudo, é possível que o intervalo de 40 e 80 t ha-1 seja o mais recomendado para a utilização em solos agrícolas.