Narrativas autobiográficas da experiência estética para si e o outro: memórias em mosaicos do Projeto Mobilizar-te.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Martins, Denise Aquino Alves
Orientador(a): Delgado, Ana Cristina Coll
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/3171
Resumo: A escrita, composição desta tese, é feita de recortes/fragmentos de memórias na presença viva de uma experiência estética na formação docente constituindo um mosaico. Os laços e os nós de uma docência evidenciados quando da escrita da pesquisa de dissertação sobre uma docência no Sul do Brasil- se estendem para novas parcerias com diversos grupos discentes através das memórias do projeto ?Mobilizar-te?: acontecimento em arte e educação na UFT- encontros com artefazer-se docente (2008-2010), na docência do Ensino Superior no norte do país. O foco central desta tese procurou responder a seguinte questão: Quais experiências estéticas e memórias de (auto)formação são narradas por um grupo de estudantes do Curso de Pedagogia (UFT) participantes do projeto Mobilizar-te? Nos aportes teóricos de Benjamin, Larrosa, Contreras e Dewey encontro fundamentos para entender a categoria experiência para os sentidos de produção contrários à banalização e burocratização do aprendizado e anestesia de si, ao reverso, pensar protagonismos da própria ação do formar-se, como um fazer-docente prenhe de intenções políticas, éticas e estéticas. A categoria estética é discutida a partir de estudos de Welsch com interlocuções de Hermann, Duarte Júnior, Pereira, Farina, entre outros. A intencionalidade metodológica desta pesquisa aproximou-se de práticas qualitativas na educação com a intersecção com o método (auto) biográfico na potencialidade da memória como ferramenta de formação, ancorada nos autores: Abrahão, Nóvoa, Josso, Dominicé, Passegui, Delory-Momberger e Bolivar e Domingos. Como suportes de materialidades que constituíram as fontes de investigação desta pesquisa foram utilizados os seguintes elementos: entrevista com 8 acadêmicos egressos do Curso de Pedagogia; depoimentos escritos durante o período de 2008/2010, anotações avulsas em cadernos, relatórios de grupos, fotografias e imagens produzidas em folders, camisetas. Entre as temáticas mapeadas neste estudo evidencio a diversidade cultural e a política na Universidade, o professor como produtor de materialidades estéticas, para além da arte a festa, a (auto)formação na ação e intervenção e a formação do pedagogo com a infância: a experiência da arte no corpo. Na virada da esquina ao fim de um corredor, concluo que as disponibilidades nas relações de alteridade são destacadas como elementos da concentração acadêmica no fazer diverso das normas do ?eu devo?, bem como a compreensão de um fazer coletivo, de abertura de ambientes aquecidos, na interligação de fios de teias/redes de proteção para pensar futuros da profissão como produtora de si. O currículo como ato de formação e lugar da estética, é o fio condutor de uma tênue linha demarcatória de fronteiras, em que a reflexão percorre a necessidade de (des)vestir um corpo docente/discente. Nessa memória da experiência como suporte e avaliação de um fazer e desenvolvimento profissional, encontro inspiração e energias vitais de uma profissão balseira que permite um sentido de partida e expedições, nos desafios estéticos do presente: compartilhar a produção de sentidos na experiência de formação de si com o outro, refletir sobre a presença do não controle na prática docente e como a experiência toma dimensões submersas.