Nietzsche e a transvaloração dos valores decadentes: do além-do-homem ao tipo nobre.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Ulguim, Daltro Lucena
Orientador(a): Araldi, Clademir Luís
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Instituto de Filosofia, Sociologia e Política
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5032
Resumo: Essa investigação procurou resolver a questão: “Como relacionar o além-do-homem ao tipo nobre para discutir as condições de possibilidade da transvaloração dos valores vigente?”. Utilizou-se a tarefa da transvaloração como ponte, rumo a valores nobres, preponderando sobre as demais, supondo que fosse o elo entre o além-dohomem e do tipo nobre para discutir as condições de possibilidades da superação dos valores decadentes vigentes. Nietzsche havia cunhado o termo “além-dohomem” e este seria o comandante-chefe para a tarefa da transvaloração, mas encontrou dificuldades para a criação de uma moral do além-do-homem e, mais ainda, de torná-la efetiva. Todavia, o conceito do além-do-homem serviu como lente teórica filosófica para tornar visível o nobre, pois Nietzsche já havia esboçado antes o conceito. Verificou-se que o “homem superior”, não pode ser comparado com o “além-do-homem”, porque este é um instrumento que torna visível o “tipo nobre”. O além-do-homem não pode ser comparado com o “tipo nobre”, porque a partir do método genealógico, Nietzsche oferece melhores condições para a efetivação dos valores do tipo nobre do que os do além-do-homem. O “tipo nobre” não é o “filósofo do futuro”, ou mesmo os “novos filósofos”, mas forneçe para estes as condições e ferramentas: os valores nobres para efetivar a transvaloração dos valores decadentes. Embora o filósofo do futuro e o tipo nobre sejam espíritos livres, eles têm funções diferentes: o filósofo do futuro é um formador de valores nobres e o “tipo nobre” é a efetivação do espírito livre: a concretude dos valores de tipo nobre. Por fim, todas as características citadas sobre a moral dos senhores e moral dos escravos são percebidas com especial atenção por Nietzsche na construção de valores do homem nobre. Os novos filósofos utilizarão este novo modo de valorar como ferramenta para a formação de um novo tipo de homem, o tipo nobre: um homem de espírito livre.