Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Bielemann, Amália Machado |
Orientador(a): |
Faot, Fernanda |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
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Departamento: |
Faculdade de Odontologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3546
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Resumo: |
Este estudo investigou parâmetros clínicos, a estabilidade do implante e as concentrações de citocinas relacionadas ao processo inflamatório no fluido crevicular peri-implantar (PICF) após a instalação de implantes durante o período de cicatrização óssea. Um total de 60 implantes instalados na região anterior de mandíbula de 30 pacientes desdentados totais (idade média 67,23 ±7,66 anos) foram monitorados até a osseointegração. O tipo ósseo, o torque de inserção e a estabilidade primária foram registrados durante o processo cirúrgico. O registro de escores clínicos de saúde peri-implantar (índice de placa visível, presença de cálculo, grau de inflamação, profundidade de sondagem e índice de sangramento a sondagem), a estabilidade secundária dos implantes e coletas de amostras de PICF foram realizados nos períodos de 1, 2, 4, 8 e 12 semanas após a cirurgia. Os níveis de IL-1ß, IL-6, IL-10 e TNF-a no PICF foram analisados por ensaio por enzimas imuno-adsorvidas (ELISA). A estabilidade do implante foi mensurada pelo método de análise de frequência de ressonância (RFA). O tempo médio de edentulismo na mandíbula foi 24,53 (±13,29) anos e atrofia óssea mandibular foi diagnosticada em 15 pacientes. Um total de 12 implantes falharam em diferentes períodos da osseointegração. Nos implantes saudáveis, o índice inflamação gengival apresentou resultados significativamente diferentes entre a primeira semana e a seguinte (p = 0,05). Foi observado um aumento significativo no índice de placa entre as semanas 4-8 e 8-12. Já a profundidade sondagem teve diferenças significativas em todos os intervalos de avaliação. Após a quarta semana a estabilidade secundária reduziu significativamente ao longo do tempo. Níveis significativamente elevados de TNF-a foram registrados na segunda semana, em pacientes não-atróficos, e na quarta semana (em pacientes atróficos); após estes períodos suas concentrações diminuíram (p<0,05). Entretanto, pacientes com atrofia óssea tinham níveis significativamente mais elevados de TNF-a nas semanas 4 e 8. As concentrações de IL-1ß aumentaram somente após 12 semanas (p=0,003), e os níveis de IL-1ß foram significativamente maiores para os pacientes com atrofia óssea durante as primeiras duas semanas. O pico de concentração de IL-6 foi observado na primeira semana (p<0,05; p=0,005) e foi significativamente mais elevado em pacientes com atrofia óssea nas semanas 1, 2 e 4. As concentrações de IL-10 aumentaram progressivamente ao longo do tempo, sendo a concentração mais elevada no 12ª semana (p<0,005). O hábito de fumar, o quadro de atrofia óssea mandibular e o tipo ósseo, parecem influenciar de diferentes formas as concentrações de citocinas durante o período de cicatrização. Embora as medidas clínicas apresentarem diferenças entre os períodos de avaliação, eles não foram indicativos de falha precoce do implante ou de doenças peri-implantares. As variações nas concentrações das citocinas e as características predominantes para cada uma podem ser atribuídas ao equilíbrio de cicatrização em diferentes períodos de tempo. |