Matriz cimentícia reforçada com celulose microfibrilada tratada com álcool furfurílico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Aramburu, Arthur Behenck
Orientador(a): Delucis, Rafael de Avila
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
Departamento: Centro de Desenvolvimento Tecnológico
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8273
Resumo: A adição de produtos nanocelulósicos, como a celulose microfibrilada (MFC), em compósitos cimentícios pode melhorar algumas propriedades mecânicas deste material, entretanto, também pode prejudicar outras características, como a trabalhabilidade, o consumo de água e o tempo de pega. Muitos desses problemas são ligados à alta hidrofilicidade da MFC, originada de seu grande número de grupos OH-. A fim de mitigar os efeitos negativos e potencializar a função de reforço já conhecida da MFC, foi realizada a adição de poli-álcool furfurílico em sua superfície. As MFCs produzidas foram introduzidas em uma pasta de cimento (0,4 a/c) com uma relação de 0,2% em relação à massa de cimento. As MFCs foram estudadas por microscopia ótica, espectroscopia de infravermelho (FT-IR), ângulo de contato e análise termogravimétrica (TGA). Os compósitos estudados foram submetidos a ensaios no estado plástico quanto a sua reologia e afinidade com água, e no estado endurecido quanto a propriedades físicas, hidratação, propriedades mecânicas e durabilidade. Os resultados apontaram para uma boa compatibilidade entre o álcool furfurílico (AF) e a MFC, reduzindo a hidrofilicidade da MFC e não interferindo em sua degradação térmica. Nos ensaios das pastas em estado fresco, a furfurilação da MFC mitigou todos os efeitos negativos referentes a sua adição em matrizes cimentícias, melhorando a trabalhabilidade, diminuindo o consumo de água e reduzindo o tempo de pega quando comparados aos compósitos de MFC não tratada. No estado endurecido, a adição de MFC reduziu a porosidade e a absorção de água das pastas de cimento, entretanto, esse efeito foi mitigado na MFC tratadas com AF (MFC25 e MFC50) devido ao aumento da hidrofobicidade causado pelo tratamento. No estado endurecido, a introdução das MFCs melhorou a hidratação das pastas de cimento, ocasionando incrementos de até 200% na resistência mecânica nas idades iniciais.