Caracterização do nematoide das galhas (Meloidogyne spp.) em cultivo de arroz irrigado nos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina e hospedabilidade de plantas daninhas e forrageiras a Meloidogyne graminicola.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Negretti, Rafael Roberto Dallegrave
Orientador(a): Manica-Berto, Roberta
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5737
Resumo: O Sul do Brasil detém a maior área cultivada com arroz irrigado do País. Entretanto, a produção pode ser limitada por vários agentes fitopatogênicos, dentre eles os nematoides das galhas (Meloidogyne spp.). Dessa forma, o objetivo da pesquisa foi realizar um levantamento do nematoide das galhas em lavouras de arroz irrigado nos Estados do Rio Grande do Sul (RS) e de Santa Catarina (SC) , e, verificar a hospedabilidade de espécies forrageiras e das principais plantas daninhas encontradas com maior frequência na entressafra e durante o período de cultivo do arroz irrigado, ao nematoide das galhas Meloidogyne graminicola. As populações obtidas foram caracterizadas bioquimicamente através das isoenzimas esterase (Est), malato desidrogenase (Mdh) e morfologicamente através da configuração da região perineal das fêmeas. Posteriormente, avaliou-se em casa de vegetação a reação de 18 espécies de plantas daninhas de outono/inverno e primavera/verão que ocorrem nas lavouras arrozeiras a M. graminicola. Detectou-se 56 populações de Meloidogyne spp. em 48% das amostras coletadas, detectando-se cinco fenótipos esterásticos (Est) e dois fenótipos de Mdh. Nas amostras provenientes do RS, foram detectadas 16 populações de M. graminicola com o fenótipo Est VS1 (Rm: 0,70), oito populações de Meloidogyne sp.2 Est Ar2 (Rm: 0,81; 0,91) e duas populações de Meloidogyne sp.3 Est VS1a2 (Rm: 0,61; 0,70), as quais corresponderam a 80, 40 e 10% das amostras analisadas, respectivamente. No Estado de SC foram detectadas 15 populações de M. graminicola fenótipo Est VS1 (Rm: 0,70), duas populações de M. javanica Est J3 (Rm: 1,00, 1,20 e 1,35), 10 populações de Meloidogyne sp.1 Est Ar1 (Rm: 1,02), duas populações de Meloidogyne sp.2 Est Ar2 (Rm: 0,81; 0,91) e uma população de Meloidogyne sp.3 Est VS1a2 (Rm: 0,61; 0,70), que corresponderam a 93,75, 12,5, 62,5, 12,5 e 6,25% das amostras analisadas, respectivamente. Quando se utilizou a enzima Mdh, todas as populações do nematoide apresentaram bandas monomórficas, sendo aquelas de M. graminicola, Meloidogyne sp.1, Meloidogyne sp.2 e Meloidogyne sp.3, pelo fenótipo N1a (Rm:1.4) e M. javanica com o fenótipo N1 (Rm: 1,0). Os padrões perineais das fêmeas de M. javanica Est Mdh J3N1 e M. graminicola Est Mdh VS1N1a foram similares à descrição das espécies tipo. Entretanto, a análise das configurações perineais das populações atípicas, Meloidogyne sp.1, Meloidogyne sp.2 e 8 Meloidogyne sp.3, não permitiu a identificação ao nível específico. Estudando-se a reação das plantas daninhas a M. graminicola, observou-se que Avena strigosa e Lolium multiflorum que ocorrem no outono/inverno e Alternanthera philoxeroides, Oryza sativa-ARV, Echinochloa crusgalli, Cyperus difformis, Cyperus esculentus, Cyperus iria e Fimbristylis miliacea que ocorrem na primavera/verão, comportam-se como boas hospedeiras do nematoide das galhas; Cyperus esculentus comportou-se como resistente em condição de solo alagado; e, Aeschynomene denticulata e Leersia hexandra foram imunes ao nematoide, independentemente do regime de irrigação.