Fatores relacionados aos movimentos mandibulares e dimensão vertical de oclusão em usuários de próteses totais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Reis, Luiz Otávio Behrensdorf
Orientador(a): Boscato, Noéli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3527
Resumo: O edentulismo e o uso de próteses totais inadequadas podem causar desarmonias no sistema estomatognático devido às alterações ocorridas na dimensão vertical e no relacionamento maxilomandibular, como resultado da inevitável reabsorção óssea e do desgaste oclusal dos dentes. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da idade do paciente (I), tempo de edentulismo (TE) e uso da prótese (TP) na extensão dos movimentos mandibulares (MM) e no reestabelecimento da dimensão vertical de oclusão (DVO), em usuários de prótese total. Este estudo observacional seguiu as normas estabelecidas pelo STROBE (Strengthening the reporting of observational studies in epidemiology) e todos os usuários de próteses totais que procuraram a Coordenação do Centro de Convivência para Idosos, entre os meses de Março e Novembro de 2014, buscando a substituição de suas próteses, foram examinados e depois selecionados de acordo com os critérios de inclusão. Todos os voluntários selecionados foram avaliados quanto à extensão dos MM através do traçado do arco gótico de Gysi, em um período, antes da inserção de novas próteses (T0); e quanto à DVO, através de fotografias digitais padronizadas, em dois períodos, antes (T0) e após a inserção de novas próteses, sete dias após o último ajuste (T1). As medidas de T0 foram subtraídas daquelas obtidas em T1. A correlação de Pearson e a análise de variância de uma via, seguida do teste de Bonferroni, foram os testes estatísticos usados. Sessenta voluntários foram avaliados, 40 mulheres e 20 homens, com uma média de idade de 70,4 ±10,1 anos, média de TP de 17 ± 2,2 anos e média de TE de 30,8 ± 18,5 anos. A correlação de Pearson mostrou correlação negativa, estatisticamente significante, entre os parâmetros I e TP e as medidas de DVO e MM. Adicionalmente, a análise estatística encontrou diferença entre o terceiro e os demais tercis (p<0,05), para todos os parâmetros avaliados, exceto para as medidas de TE e MM (p<0,05). Dentro das limitações deste estudo observacional foi possível concluir que os parâmetros I e TP resultam em um menor reestabelecimento de DVO e extensão de MM. No entanto, a respeito do TE, a evidência não é clara.