Tratamentos para doenças respiratórias crônicas: uma análise local e nacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Marques, Gabriela Avila
Orientador(a): Wehrmeister, Fernando César
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9213
Resumo: A presente dissertação abrange, em parte, o Consórcio de Pesquisa 2019/2020 do Programa de Pós-graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas, interrompido em março de 2020 devido à Pandemia de Covid-19. Trata-se de um estudo transversal, cujo objetivo foi avaliar as características dos usuários de dispositivos inalatórios e a prevalência de uso desses em adultos com diagnóstico médico autorreferido de asma, bronquite crônica e/ou enfisema. Ainda, em uma subamostra, o objetivo foi identificar os erros na técnica inalatória e conhecer o perfil dos indivíduos que possuíam dificuldades em realizá-la. No estudo principal, foram entrevistados 827 indivíduos adultos que residiam em Pelotas, dos quais 12% referiram ter o diagnóstico de asma, bronquite crônica e/ou enfisema. Desses, 54% referiram o uso de inalador dosimetrado. Foram entrevistados 33 indivíduos e avaliada a técnica de inalação de 40 inaladores dosimetrados. A prevalência de erros foi alta nos dois tipos de dispositivos inalatórios: 76,9% dos inaladores dosimetrados pressurizados (IPr) e 85,7% dos inaladores de pó seco (IP) não realizavam a pausa inspiratória após a inalação. Assim, os resultados encontrados indicam que, apesar do aumento da disponibilização dos dispositivos inalatórios, a execução da técnica ainda está aquém do ideal, alertando sobre a importância/urgência de investimento em ações de educação em saúde. A presente dissertação também apresenta um artigo original, com dados oriundos da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013, devido à impossibilidade de conclusão da pesquisa inicialmente planejada. Trata-se de um estudo transversal, de base populacional, cujo objetivo foi estimar a prevalência dos tratamentos utilizados para o manejo da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) no Brasil. Foram entrevistados 60.202 adultos, dos quais 636 tinham 40 ou mais anos de idade e haviam referido diagnóstico médico de DPOC, enfisema ou bronquite crônica. Menos da metade (49,4%) relatou utilizar algum tipo de tratamento. O tratamento medicamentoso foi o mais referido, seguido de fisioterapia e oxigenoterapia. Foram encontradas importantes diferenças socioeconômicas e demográficas no que tange à utilização dos diferentes tipos de tratamento. Pode-se, portanto, observar que as prevalências de tratamentos para o manejo da DPOC estavam aquém do ideal em 2013, sinalizando a necessidade de ações estratégicas para a maior e também melhor indicação e adesão aos tratamentos propostos.