Extratos de folhas de araçazeiro (Psidium cattleianum Sabine) e de butiazeiro (Butia odorata) (Barb. Rodr.) Noblick & Lorenzi, obtidos por infusão aquosa e por extração com líquido pressurizado: descrição fitoquímica e prospecção de propriedades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Zandoná, Giovana Paula
Orientador(a): Rombaldi, César Valmor
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8049
Resumo: O Brasil possui a maior diversidade e variabilidade genética de espécies vegetais do planeta, o que gera um ativo ambiental e tecnológico, como é o caso do potencial fitoquímico para aplicações em alimentos ou noutro setor. Nesse contexto, encontramse o araçazeiro e o butiazeiro, em que os frutos são ricos em compostos bioativos com atividades antioxidante e antimicrobiana, e as folhas se apresentam como uma potencial fonte de compostos bioativos. Por isso, decidiu-se caracterizar os compostos fitoquímicos presentes em extratos de folhas de araçazeiro (Psidium cattleianum) e de butiazeiro (Butia odorata), e avaliar as propriedades antioxidantes e antibacterianas. Foram obtidos extratos das folhas por meio de infusão aquosa (Al) e sistema de extração por líquido pressurizado com água (PLE-W), etanol (PLE-E) e combinação de água: etanol (PLE-W:E). O estudo foi realizado em duas etapas. A etapa 1 consistiu na obtenção e caracterização química dos extratos por cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas (LC-MS/MS). Na etapa 2, foi avaliado o potencial biológico por testes da atividade antioxidante em modelo de cérebro de ratos, através do método de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e espécies reativas de oxigênio (ROS) e em leveduras; e a atividade antibacteriana por Espectro de Ação por Disco de Difusão em Ágar e por Concentração Inibitória Mínima (CIM). Para os extratos de folhas de araçazeiro, o PLE-W:E apresentou maior diversidade de compostos extraídos. Todos os extratos tiveram atividade antioxidante frente aos ensaios in vitro por TBARS, ROS e em leveduras e apresentaram atividade inibitória contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativas patogênicas. Para as folhas de butiazeiro, a maior diversidade e concentração total de ácidos fenólicos e flavonoides foram no PLE-E e PLE-W:E; para a atividade antioxidante apenas o PLEW e PLE-E tiveram efeito protetor frente a TBARS e, para ROS, todos os extratos apresentaram efeito protetor. Já, para a atividade antibacteriana, apenas duas bactérias Gram-positivas foram afetadas pela presença dos extratos, sendo eles, o PLE-W e PLE-E. Isso mostra que, das oito bactérias patogênicas testadas, os extratos de folhas de butiazeiro apenas apresentaram efeito inibitório frente à duas bactérias avaliadas. Assim, especialmente as folhas de araçazeiro se apresentam como uma fonte promissora de compostos bioativos. Mais estudos são necessários para explorar as propriedades protetoras in vitro e in vivo, principalmente, testes de citotoxicidade para avaliar a segurança à saúde, na utilização dos extratos.