Teste do etanol: desenvolvimento de equipamento para determinação do vigor em sementes de soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cavalcante, Jerffeson Araujo
Orientador(a): Moraes, Dario Munt de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9077
Resumo: Nos testes para a avaliação do vigor em sementes é essencial que estes sejam rápidos, eficientes e padronizáveis, incluindo testes que permitam diferenciação precisa entre lotes. Dentre estes testes, o do etanol constitui-se em uma alternativa que aporta característica desejáveis para ser aplicado nos programas de controle interno de qualidade de empresas produtoras de sementes, devido o mesmo ser prático e rápido. Porém, o teste é realizado com equipamentos adaptados, necessitando de um equipamento próprio, com uso de sensores de alta precisão, que venham a garantir a confiabilidade dos resultados. Assim, objetivou-se desenvolver um equipamento capaz de quantificar a presença de etanol produzido por sementes de soja quando submetidas à hipóxia por diferentes tempos de embebição, com o intuito de comparar os resultados obtidos pelo novo equipamento com outros testes padrões de vigor, além de avaliar o metabolismo fermentativo durante o teste do etanol. O trabalho foi dividido em dois capítulos e em ambos utilizando delineamento experimental inteiramente casualizado, sendo os tratamentos compostos 10 lotes de sementes de soja. O Capítulo I foi dividido em dois experimentos, o primeiro correspondendo ao desenvolvimento do equipamento de aferição do etanol com o sensor MQ-3 e seus componentes e o segundo relacionado ao tempo de estabilização do sensor (3; 6; 9; 12; 15; 18; 21; 24; 27 e 30 segundos) em sementes de soja submetidas ao processo de anaerobiose. No Capítulo II, inicialmente, avaliou-se a qualidade inicial dos lotes por meio da avaliação de teor de água, germinação, emergência de plântulas, envelhecimento acelerado, teste de tetrazólio, condutividade elétrica e respiração das sementes. Para o teste do etanol foram utilizadas 25 sementes sem danos físicos aparentes e acondicionadas em frascos de 150 mL, contendo 40 mL de água deionizada. Posteriormente, as sementes permaneceram embebidas pelos períodos de 30, 60, 90, e 120 minutos a uma temperatura de 41 °C em BOD. Após os períodos de embebição, os frascos foram acoplados no equipamento desenvolvido no capítulo I e mensurado a quantidade de etanol liberada pelas sementes. O equipamento, bem como o sensor MQ-3 obteve desempenho satisfatório, apresentando estabilidade de aferição média aos 16 segundos após, sendo recomendado esse tempo para o uso do etilômetro em sementes de soja. Por meio desse mesmo sensor MQ-3, é possível, com eficiência, a detecção de etanol presente no ar liberado por sementes de soja durante processo de anaerobiose. O teste do etanol em sementes de soja é eficiente no ranqueamento dos lotes em diferentes níveis de vigor, utilizando o tempo de embebição de 30 minutos, sendo este tempo apresentando associação moderada entre o teste de condutividade elétrica e a respiração das sementes. A atividade das enzimas LDH, PDC e ADH comprovam que há a produção de etanol durante o processo de embebição das sementes de soja.