Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Ândrea Lenise de Oliveira |
Orientador(a): |
Simon, Adriano Luís Heck |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4727
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Resumo: |
O Parque Estadual do Camaquã é uma unidade de conservação integral do Estado do Rio Grande do Sul, situada entre os municípios de São Lourenço do Sul e Camaquã e criada através do decreto de Lei Estadual 23.798 de 12 de março de 1975 com o objetivo de proteção das matas e banhados da Pacheca e do delta intra-lagunar do rio Camaquã. Após 42 anos, desde o decreto de sua criação, o parque não conta com um plano de manejo ou regularização fundiária, constando apenas em listas oficiais, mas sem ter sua implementação efetivada. Devido à pressão ambiental desencadeada pelas atividades antrópicas vinculadas principalmente às práticas agropecuárias, a necessidade de proteção é urgente, uma vez que o mesmo abriga biodiversidade de transição entre os biomas pampa e mata atlântica, além de possuir um delta intra-lagunar de representatividade regional e grande beleza cênica. Diante destas questões, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de realizar o zoneamento ambiental do Parque Estadual do Camaquã a fim de subsidiar o plano de manejo desta unidade de conservação. Para alcançar o objetivo proposto foi realizada a integração das informações espaciais resultantes da elaboração de dois mapas geomorfológicos e dois mapas de coberturas e usos da terra (ambos referentes aos cenários de 1964 e 2012), além de dados locais e regionais compilados na forma de diagnóstico ambiental. Por meio do diagnóstico ambiental foi possível constatar a fragilidade dos elementos físico-ambientais presentes no parque, bem como compreender o histórico do processo de ocupação regional e local. Já por meio dos mapas geomorfológicos e de cobertura e uso da terra foi possível evidenciar a predominância de superfícies de planície flúvio-lacustre e paleocordões arenosos sustentando coberturas florestais e formações sobre influência flúvio-lacustre, bem como usos da terra voltados às práticas agropastoris que descaracterizaram as coberturas e feições geomorfológicas da área. A partir destes resultados foram delimitadas e espacializadas unidades homogêneas conforme as proposições do roteiro metodológico para o planejamento de unidades de conservação organizado pelo IBAMA (2002) sendo identificadas, delimitadas e analisadas as seguintes zonas: zonas intangíveis, zonas primitivas, zonas de recuperação, zona de uso intensivo e zona de sobreposição indígena. As zonas intangíveis correspondem a 40% do total da área do parque, fator positivo para as ações de preservação ambiental em uma unidade de conservação integral, porém as zonas de recuperação ocupam 34% da área do parque, denotando conflitos espaciais entre as práticas de uso da terra e a conservação da natureza. As zonas primitivas ocupam 17% do parque e possuem um caráter muito dinâmico, comportando as porções sob influência da frente deltaica e as áreas dos pontais do Vitoriano e do Quilombo, pontos com forte influência da dinâmica lagunar. A zona de uso intensivo corresponde a 1% do parque e abrange a vila de Santo Antônio, por fim a zona de sobreposição indígena ocupa 8% da área do parque e se refere à sobreposição dos limites do Parque Estadual do Camaquã com a Reserva Indígena Iguaporã. |