“¿Giro a la derecha en uruguay?”: investigando o discurso da direita uruguaia nas eleições à presidência em 2019

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Salomão, Victória Antônia Gonçalves de Oliveira
Orientador(a): Leivas, Cláudio Roberto Cogo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/11106
Resumo: A presente dissertação é uma investigação sobre a trajetória dos partidos de direita do Uruguai, nas eleições presidenciais de 2019, com a finalidade de responder se houve ou não a formação de uma nova direita no país, naquele contexto que deu fim aos 15 anos e governo de um partido de esquerda (Frente Ampla). Tal pesquisa foi feita com uma metodologia essencialmente qualitativa, pautada na análise de conteúdo dos planos de governos dos partidos Nacional, Colorado e Cabildo Abierto, uma vez que obtiveram, respectivamente, os maiores números de votos da direita, e o documento de propostas da Coalizão Multicolor, que formaram para o segundo turno. Para contextualizar o material dos documentos, foi elaborada ainda uma investigação histórica e documental sobre a trajetória de seus candidatos e de sua formação partidária. Além disso, em um primeiro momento, elaborou-se uma contextualização a respeito dos conceitos na Ciência Política da crise democrática, das novas direitas que com ela surgem, em diferentes partes do mundo, e dos índices socioeconômicos do Uruguai à época das eleições. O segundo momento da pesquisa dedicou-se ainda, além da trajetória dos partidos, à trajetória política do Uruguai, às características de seus sistemas eleitorais e partidários e aos elementos de sua estabilidade democrática, que o destaca na região. Esses elementos foram analisados pelo marco teórico da Teoria do Discurso de Ernesto Laclau e Chantall Mouffe, pós-estruturalista e foca em análise de cenários sociais a partir da articulação de diferentes discursos. Os resultados finais apontaram que não houve uma nova direita uruguaia, senão a disputa entre os mesmos blocos ideológicos: centro-esquerda e centro-direita. Os partidos de direita articularam-se sob o discurso hegemônico da continuação de políticas sociais, da defesa dos Direitos Humanos e da privatização de estatais, refletindo a forte tendência histórica uruguaia de estabilidade democrática.