Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Griep, Rafael Priebe |
Orientador(a): |
Gadotti, Gizele Ingrid |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
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Departamento: |
Centro de Engenharias
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7539
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Resumo: |
Diante do crescimento desordenado das cidades, atrelado ao aumento da densidade demográfica surge fontes de ruído capazes de gerar impacto ambiental negativo e danos significativos à população. Considerado uma das principais fontes de poluição do planeta nas aglomerações urbanas, é indispensável a identificação dos níveis de pressão sonora, assim como o impacto na vida das pessoas. Perante da inexistência de estudos sobre o ruído acústico antropogênico na cidade de Pelotas/RS, evidenciou-se a necessidade de avaliar qualitativamente e quantitativamente os locais com provável impacto ambiental causado pela incidência de poluição sonora na área central da cidade. Realizou-se a medição dos níveis de pressão sonora com um sonômetro integrador, obtendo o valor do LAeq em 260 pontos distintos, localizados no entorno dos hospitais, praças, educandários e esquinas dos cruzamentos das ruas centrais da cidade. Foram calculadas as doses percentuais dos níveis de pressão sonora nos períodos diurno e noturno, se atribuindo 6 dB como fator de duplicação de dose. Além disso, moradores, trabalhadores e visitantes da região central da cidade foram entrevistados com intuído de avaliar sua percepção quanto ao ruído. Constatou-se que 98% das medições realizadas nos cruzamentos das ruas estão acima dos limites recomendados na NBR 10.151 e que todas ultrapassam o limite municipal, sendo que mais da metade estão entre 400 a 800% da dose, chegando em alguns pontos a valores superiores a 1600% para o período noturno, ultrapassando 4 vezes o limite estabelecido. As ruas Dom Pedro II, General Osório, Professor Araújo/Saldanha Marinho/Manduca Rodrigues, Félix da Cunha e Gonçalves Chaves lideram o ranking de maior incidência de poluição sonora, sendo a Santa Cruz a menos ruidosa. No entorno dos hospitais as doses de ruído foram mais altas no período noturno, ultrapassando 3 vezes o limite estabelecido, sendo no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Pelotas a maior incidência. No entorno dos centros educacionais as doses medidas excederam os limites estabelecidos na legislação, nos períodos diurno e noturno, destacando-se o entorno da UCPEL, cujas doses noturnas atingiram valores superiores a 3200%, ultrapassando em mais de 5 vezes o limite. Nas praças, se obteve níveis de pressão sonora abaixo do limite estabelecido para o período diurno, tanto para as medições no entorno quanto no interior. Pelas entrevistas, constatou-se que a maioria dos entrevistados considera ruidoso o centro da cidade de Pelotas, apontando o trânsito de veículos como a principal origem do ruído, 78% referiu incomodar-se com o ruído, sendo que a frequência dos sintomas relatados foi irritabilidade, seguido de dor de cabeça, baixa concentração, zumbido nos ouvidos, dificuldade para compreender sons e insônia. Portanto, se considera poluída acusticamente a área central de Pelotas, denotando a falta de planejamento urbano, principalmente no que tange a localização dos hospitais, centros educacionais e espaços destinados ao lazer. A situação é crítica, pois além de pouco divulgado, se configura real e pouco percebido, alertando para mais um perigo presente no cotidiano da população presente na região estudada. Acredita-se que o estudo possa contribuir como apoio à decisão dos gestores públicos quanto ao direcionamento de recursos e ações visando a melhoria das condições ambientais, principalmente conforto acústico e qualidade de vida das pessoas. |