Medição, classificação e qualificação em rankings internacionais: qual(s) modelo(s) de democracia?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Lopes, Germanna da Costa
Orientador(a): Ballestrin, Luciana Maria de Aragão
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
Departamento: Instituto de Filosofia, Sociologia e Politica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5259
Resumo: A dissertação de mestrado foi desenvolvida com o intuito de traçar os modelos democráticos utilizado por dois dos principais rankings internacionais, Freedom House e Economist Intelligence Unit (EIU), voltados para a medição e classificação democrática a partir da análise de seus indicadores. A importância deste estudo reside em revelar a pluralidade de modelos democráticos a serem adotados pelos diversos países do globo e se estes rankings conseguem acompanhar, através da ótica de seus especialistas, tal diversidade. Para isso, incluiu-se no estudo uma nova corrente teórica, surgida pós terceira onda de democratização: a qualidade democrática, utilizada como parâmetro da abordagem comtemporânea acerca dos procedimentos democráticos. Com o advento da terceira onda de democratização muitos países do globo passaram a adotar o modelo democrático fazendo com que o foco teórico deixasse de ser a adoção do sistema democrático e passassem a se preocupar com sua consolidação. A qualidade democrática tem por escopo, a partir de seus referentes empíricos, perceber as falhas procedimentais ou substantivas da democracia a ser desenvolvida em determinado Estado. Com a análise dos surveys e relatórios disponibilizados pelos rankings foi possível traçar um método de cálculo voltado para identificar o peso de cada variável responsável pela classificação democrática dos Estados. A partir de nuances bem especificas e pontuais, foi possível concluir que o ranking da Freedom House ainda está muito preso aos pressupostos que fundaram a organização lá na década de 1940, em que, por exemplo, a participação é vista como um agente nocivo para a democracia, sendo o tema abordado somente como algo inerente ao processo eleitoral. No caso do EIU, percebe-se uma predisposição em ser mais abrangente, aproximando-se sobremaneira dos preceitos adotados pela qualidade democrática, admitindo em seu survey categorias como cultura política, e a participação como uma categoria específica desvinculada do processo eleitoral.