Sistemas fechados de cultivo sem solo, produção e ecofisiologia do minitomateiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Perin, Lais
Orientador(a): Peil, Roberta Marins Nogueira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3633
Resumo: Os minitomates têm conquistado espaço no mercado devido a sua aptidão para o consumo in natura. No entanto, estudos acerca da melhor forma de condução das plantas, sistemas de cultivo, práticas de manejo e seus efeitos sobre a produtividade, necessidades climáticas, e normas de classificação dos frutos são assuntos a serem esclarecidos. A adoção de técnicas de cultivo de baixo custo e baixo impacto ambiental são preconizadas, e os sistemas de cultivo sem solo com recirculação da solução nutritiva drenada são os mais adequados. Diante disto dois experimentos foram conduzidos em estufa, no Campo Didático do Departamento de Fitotecnia, da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, da Universidade Federal de Pelotas, nos anos de 2015 e 2016. O primeiro experimento teve como objetivos avaliar o crescimento, o comportamento produtivo e a qualidade de frutos de minitomates dos tipos Grape e Cereja cultivados em dois sistemas fechados de cultivo (vasos e calhas), em substrato de casca de arroz in natura sob diferentes intensidades de desfolha (sem desfolha, uma e duas folhas removidas por simpódio). Também foi realizada a classificação dos frutos por tamanho, empregando-se um grupo de cinco peneiras com perfurações específicas para cada cultivar. O segundo experimento objetivou definir a influência da temperatura e da radiação solar sobre o crescimento das plantas de minitomateiro em estufa em ciclo de outono-inverno, bem como, encontrar o menor valor de radiação solar em que houvesse acúmulo significativo de massa seca pelas plantas. A cultivar Cereja apresentou maior crescimento com acúmulo de massa seca total entre 958 e 1623 g planta-1 , produção entre 7 e 11 kg planta-1 , e tamanho médio de frutos entre 9,7 e 12,0 g. A cultivar Grape acumulou entre 728 e 1015 g planta-1 de massa seca total, teve produção entre 4,62 e 5,84 kg planta-1 , e entre 6 e 7 g fruto-1 de peso médio. Os valores variaram conforme o nível de desfolha. A cultivar Grape apresenta frutos com maior concentração de açúcares, e a retirada de uma folha do simpódio não afeta as respostas produtivas. Entretanto, para cultivar Cereja é necessária a manutenção do simpódio completo. O sistema de cultivo em calhas melhora o crescimento e eleva as respostas produtivas, enquanto que o sistema de vasos aumenta a concentração de açúcares dos frutos. A desfolha diminui a quantidade de frutos classificados como grandes para ambas as cultivares. O sistema de calhas favorece a produção de frutos da cultivar Grape classificados como grandes. As peneiras 1, 2 e 3 são adequadas para a classificação de frutos. É possível classificar frutos de minitomates com o uso de peneiras específicas para cada tipo de fruto. As cultivares apresentam respostas semelhantes à variação da radiação solar e da temperatura. Porém, a cultivar Cereja apresenta maior área foliar e crescimento. A temperatura apresenta influência indireta sobre o metabolismo das plantas, enquanto a radiação solar exerce influência direta sobre todas as variáveis de crescimento. O limiar de radiação solar para as cultivares Cereja e Grape de minitomateiro é de aproximadamente 3,63 MJ m-2 d-1.