Uso de modelo experimental para estudos relacionados ao estresse animal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Moura, Sandra Vieira de
Orientador(a): Silva, Éverton Fagonde
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
pH
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3284
Resumo: O estresse é um tema de relevante importância tanto para a área humana quanto animal. Animais produtores de carne são submetidos a diferentes fatores pré-abate. Esses fatores estressantes podem causar alterações fisiológicas que conduzem a um efeito prejudicial na qualidade final da carne. No Brasil, o mercado da carne ovina apresenta-se em ascensão, especialmente nos países em desenvolvimento, onde ocorre o crescimento econômico dos consumidores e o aumento da demanda. Neste contexto, realizou-se uma revisão bibliográfica dos últimos 40 anos, a qual aborda o manejo pré-abate, aspectos do comportamento e suas consequências na qualidade final da carne. Em um segundo capítulo, realizou-se um estudo com os objetivos de: (1) Descrever e padronizar a curva de pH da transformação em carne dos músculos Triceps brachii, Longissimus dorsi e Biceps femoralis de ratos submetidos a condições normais de criação desde a eutanásia até 24 horas post-mortem; (2) determinar se a análise em cada músculo altera significativamente a curva de pH; (3) determinar se o estresse pela contensão dos ratos no período ante mortem causa alterações qualitativas na carne e se afeta o tempo e os valores de pH necessários para a transformação do músculo em carne. Para a determinação da curva de pH muscular foram utilizados 12 ratos machos da linhagem Wistar, os animais sofreram eutanásia e as carcaças foram colocadas sob refrigeração para as aferições do pH muscular. Outro grupo de 12 animais foi submetido ao estresse por contensão e após foi realizada a eutanásia, seguido das avaliações de pH. Os resultados indicam que: (1) os valores de queda do pH muscular post mortem de ratos apresentam um ritmo semelhante às espécies comerciais; (2) os valores médios de pH muscular nos 3 grupos musculares não apresentam diferenças significativas em todos os períodos analisados; (3) as médias de pH muscular apresentam diferenças significativas da hora 0 até 6 horas após o abate, quando o valor mínimo de pH muscular é determinado. Assim, conclui-se, embora sejam conhecidos diferentes fatores pré-abate causadores de alterações fisiológicas que culminem com efeitos prejudiciais para a qualidade final da carne, ainda existem poucos métodos confiáveis, de fácil execução e não invasivos para detectar estresse em animais, padronizados até o momento. Os ratos são um modelo promissor para detectar alterações post-mortem, pois o decréscimo do pH muscular segue os valores e tempo semelhantes ao que ocorre nas espécies comerciais.