Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Mota, Monalize Salete |
Orientador(a): |
Moura, Andréa Bittencourt |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
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Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5783
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Resumo: |
Entre os problemas relatados na cultura do pessegueiro, a síndrome da morte precoce de plantas, associada à presença do nematoide anelado Mesocriconema xenoplax, tem se destacado no Rio Grande do Sul. Até o momento não há portaenxerto resistente ou tolerante ao nematoide nem registro de nematicidas para uso na cultura do pessegueiro no Brasil, evidenciando a busca por práticas de manejo alternativas. Desta forma, foi objetivo deste trabalho, isolar e avaliar o potencial biocontrolador de isolados bacterianos e selecionar promissores controladores do nematoide anelado do pessegueiro. Para isto, 1.219 isolados bacterianos foram avaliados quanto à produção de compostos relacionados ao biocontrole e/ou promoção do crescimento (PCRBPC) por meio da produção de lípases, proteases, quitinases, amilases, solubilização de fosfatos, produção de amônia e antibiose contra Monilinia fructicola. A partir destas análises foram selecionados 99 isolados bacterianos e analisada a mortalidade in vitro sobre M. xenoplax; dentre estes isolados foram selecionados 36, os quais apresentaram índices de mortalidade acima de 95% e avaliados quanto à inibição da eclosão de juvenis. Na sequência, 15 isolados foram selecionados para avaliação da colonização radicular in vitro de plântulas do porta-enxerto ‘GxN-9’ e o efeito in vivo sobre a população de M. xenoplax sob cultivo do porta-enxerto de pessegueiro ‘GxN-9’, como também sob o cultivo de Dianthus barbatus. Dentre os 1.219 isolados bacterianos, 92% foram capazes de produzir um ou mais dos oito compostos avaliados e apenas 1% dos isolados produziu todos os compostos. A atividade proteolítica foi a mais freqüente entre os isolados bacterianos e a hidrólise de quitina a menos freqüente. Na análise a 7 de PCRBPC por habitat, 1,6% dos isolados oriundos do grupo Solo produziram 100% dos compostos analisados. Tagetes concentrou 96,1% de isolados proteolíticos em gelatina, 58,8% acumuladores de amônia, 56,9% solubilizadores de fosfato e, 54,9% amilolíticos; na sequência, o grupo das Liliáceas com 70,3% de isolados proteolíticos em Litmus®, 63% com antibiose contra M. fructicola. Já em Gramíneas, 80,6% dos isolados produziram lipases. Os maiores índices de produção de quitinase foram observados em Leguminosas e Outros. Em relação a nicho ecológico, a rizosfera destacou-se, em comparação com a filosfera e solo, como melhor fonte de isolados bacterianos com potencial biocontrolador. No teste de mortalidade in vitro de M. xenoplax, dentre os 99 isolados bacterianos, 84 foram significativos em relação à testemunha e 33 isolados reduziram a eclosão dos ovos do nematoide em comparação com a testemunha. A colonização radicular in vitro foi observada por 10 dos 15 isolados testados. Na avaliação do efeito antagônico das bactérias sobre o nematoide anelado em plantas de pessegueiro, nove bactérias reduziram significativamente a reprodução do nematoide e ocorreu um aumento significativo para MFR com os isolados DFs2049 e DFs0886. No bioensaio com aplicação das bactérias em pré-plantio à D. barbatus, verificou-se redução significativa da população de M. xenoplax em todos os tratamentos em relação à testemunha. Dessa forma, o presente trabalho demonstra que bactérias de diferentes nichos ecológicos apresentam potencial biocontrolador sobre M. xenoplax, nematoide associado à morte precoce do pessegueiro. |