Docências negras no ensino superior: o caso da Universidade Federal de Pelotas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silveira, Tainá Melo
Orientador(a): Klein, Madalena
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6977
Resumo: A presente dissertação se insere na linha de pesquisa “Epistemologias Descoloniais, Educação Transgressora e Práticas de Transformação” do Programa de Pós- Graduação em Educação da Universidade Federal de Pelotas (PPGE/UFPel). Tratase de uma investigação que intenciona estudar de quais modos os/as docentes negros/as da UFPel experienciam a docência no Ensino Superior, a partir dos marcadores de raça e gênero. Neste sentido, a UFPel é compreendida como um espaço potencializador de sentidos para pensar a problemática de pesquisa, constituindo-se como unidade para um Estudo de Caso. Operou-se, metodologicamente, a partir de uma análise qualitativa dos dados, principalmente, com entrevistas individuais semi-estruturadas com docentes negros/as, analisando o corpus textual decorrente delas, desde uma perspectiva hermenêutica. Na análise, foram elencadas três unidades de significação, construídas a partir dos relatos dos/as docentes acerca dos modos como vivenciam a docência: a primeira denominada “isolamento e solidão”; a segunda, “representatividade e negritude”; e a terceira, “racismo cotidiano e violência simbólica”. A experiência de ser um/a docente negro/a no Ensino Superior é marcada pelos recortes de raça e gênero, os quais, durante a trajetória acadêmico-profissional dos/as docentes entrevistados/as, impacta-os a partir das experiências de racismo e sexismo que vivenciaram e vivenciam em seus percursos. Essa experiência diz respeito também a uma busca pela construção e reconstrução de si mesmo, no espaço da universidade e em tantos outros, onde os/as docentes frequentemente realizam enfrentamentos ao não se enquadrarem nos estereótipos sociais de subalternidade e sujeição ao qual os/as negros/as foram designados/as a partir dos ideários de um modelo colonial e escravagista que foi vigente no Brasil por mais de três séculos.