A patrimonialização de praças públicas e a influência nos seus usos: estudo de caso em Pelotas, RS.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Montelli, Clarissa Castro Calderipe
Orientador(a): Vieira, Sidney Gonçalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8333
Resumo: O tema da presente pesquisa versa sobre a patrimonialização. Nesse sentido, aborda a problematização do uso das praças públicas patrimonializadas e a importância das atividades realizadas nesses espaços como uma das justificativas da patrimonialização realizada pelo poder público. De um lado, o uso efetivo das praças públicas é uma maneira de proporcionar a apropriação e a valorização desses ambientes por parte dos usuários e, por outro lado, a patrimonialização representa a normatização desses espaços. Para trabalhar com a análise desses processos contraditórios, foi escolhido fazer a análise do uso do espaço urbano das praças da cidade de Pelotas frente ao processo de patrimonialização. O objetivo principal da pesquisa foi analisar a influência da patrimonialização no uso dessas praças, além de identificar se essas praças são referenciais de identidade e memória para seus usuários. Para realizar tal tarefa, foi utilizado para análise o método dialético regressivo-progressivo proposto por Henri Lefebvre. Sendo assim, partiu-se da realidade atual das praças e voltou-se ao passado, procurando elementos que pudessem elucidar determinadas particularidades encontradas no presente. Posteriormente, foi feito o movimento contrário, a fim de tentar indicar possibilidades para o futuro. Quanto ao método de investigação, foi adotada uma perspectiva fenomenológica, por enfatizar dados qualitativos, com o objetivo de entender a singularidade dos espaços a partir da subjetividade dos usuários. Como procedimentos metodológicos, utilizou-se de mapas comportamentais e entrevistas. Os resultados encontrados apontam para encaminhamentos futuros que visam a melhoria e a qualificação dos espaços urbanos das praças, além do incremento da qualidade de vida urbana. De modo geral, foi possível concluir que a patrimonialização não afetou o uso dos espaços referentes às praças estudadas, apesar de serem identificadas pelos usuários como bens culturais da cidade de Pelotas.