Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Mecabô, Marina |
Orientador(a): |
Chiarelli, Lígia Maria Ávila |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14508
|
Resumo: |
No cruzamento de duas ruas de Pelotas, em meio aos carros que atravessam em todas as direções, circulam com passos apressados crianças de outrora que parecem esquecer que brincavam na rua, agarradas em suas mãos, outras crianças com pernas ainda pequenas que conduzidas mal veem a cidade passar no canto do olho. Ali coexistem duas escolas de educação infantil e ensino fundamental. O ritmo do adulto, acelerado como o dos veículos, não parece respeitar o olhar curioso dos pequenos. Devemos nos conformar que a rua é lugar da velocidade ou podemos fazer dela um espaço adequado aos desejos, necessidades e convívio de todos seus usuários? Como seria esse espaço? Pode, o espaço urbano no entorno escolar ter um tempo diferente? Ser ferramenta de estudo da cidade? Como, enquanto arquiteta e urbanista, posso provocar o olhar para esse espaço buscando efetivamente uma cidade para pessoas, onde a rua seja vista como um espaço de convívio e fortalecimento da coletividade? Esses questionamentos são o impulso para o presente trabalho que tem como objetivo identificar as necessidades do entorno escolar para sugerir possibilidades de adequação e de novos usos do espaço público na interface escola-cidade. Se insere na área de Percepção Ambiental e tem como ponto de interesse aspectos da relação recíproca entre os usuários e o espaço. Acredita nas possibilidades práticas de estimular novas relações com a cidade e com o agir urbano. A metodologia utilizada é uma combinação entre a análise técnica e a percepção de quem vivência o espaço. Ela se desenvolve através de revisão bibliográfica, ferramentas de avaliação do lugar e interlocução com os usuários. Mergulho preferencialmente na escrita de mulheres; enquanto arquiteta interessada nos fazeres educacionais, me guio por outra como eu: Arquiteta Mayumi de Souza Lima; Para pensar educação, campo que me é caro e distante na minha formação, recorro às educadoras como bell hooks, Léa Tiriba e o patrono Paulo Freire. Desde o início o processo de pesquisa procurou formas de ação afim de deslocar o pensamento da cabeça e pensar com o corpo todo, esse desejo materializou-se em duas ações de intervenção urbana que se apresentam como ferramenta e também resultado. O presente estudo foi atravessado pelas consequências da pandemia, o fechamento das escolas desviou o pensamento para uma visão de educação mais ampla culminando não na sugestão de um espaço que atenda às necessidades escolares, e sim, em possibilidades para um espaço que valorize o papel educacional da cidade. As reflexões geradas abrangem aspectos da pesquisa atrelada a extensão universitária e o papel da arquiteta em um mundo em transformação. O percurso culminou numa proposição que se coloca como exercício utópico, disposto a suscitar outros fazeres. |