Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Santiago Bretanha |
Orientador(a): |
Ernst, Aracy Graça |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Centro de Letras e Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7493
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Resumo: |
Tomando a Análise de Discurso de linha francesa como locus enunciativo e como campo de trabalho teórico-analítico, o presente trabalho constrói-se sobre o objetivo geral de analisar as representações imaginárias sobre o trabalho no discurso governamental e, em decorrência dessas, suas inter-relações com outra, a de trabalhador. Estabelecidos o político como campo discursivo de referência e o discurso do governante como espaço discursivo da pesquisa, conformam o arquivo quatro pronunciamentos de Getúlio Vargas, então ditador do Brasil, em referência ao dia do trabalhador no período do Estado Novo (1937-1945) e endereçados aos trabalhadores brasileiros; documentos, hoje, codificados pelo arquivo da Biblioteca da Presidência da República em sua forma transcrita. Às análises, apreendemos como regularidade o funcionamento de três imaginários de trabalho na ordem do discurso do governante, o de trabalho como força-motriz para consolidar o Estado, o de trabalho como meio de dignificação do trabalhador frente ao Estado e frente ao governante e o de trabalho como base para a edificação do bem-estar da sociedade. Baseados nesse gesto interpretativo, compreendemos que tais imagens recalcam a luta de classes e negam ideologias dissidentes em prol da “coesão nacional” e do “bem comum”. Imaginários que, enquanto produtos da interpelação ideológica, estão imbricados à consolidação dos Aparelhos de Estado, ao mesmo tempo que fundamentam a manutenção da submissão do trabalho e do proletariado a uma certa ética/razão do Estado, uma razão neurótica em que o trabalhador deve recalcar o gozo e sublimar o trabalho como práxis que lhe garantiria, pela lei de filiação, um lugar de herdeiro do Outro. |