Ansiedade, medo, dor e pensamento catastrófico durante o tratamento endodôntico em pacientes gestantes e não gestantes.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Gastmann, Andressa Heberle
Orientador(a): Romano, Ana Regina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4644
Resumo: O presente estudo teve como objetivo avaliar a percepção da dor de origem dentária e sua associação com ansiedade, medo e catastrofização em pacientes gestantes e não gestantes submetidas a tratamento endodôntico. As participantes do estudo deveriam apresentar odontalgia como motivo da consulta odontológica, com consequente indicação de tratamento endodôntico. Foram incluídas no estudo 56 pacientes, 30 não gestantes e 26 gestantes, com idade entre 18 e 40 anos. A percepção da dor foi avaliada através de uma escala de avaliação numérica aplicada em três momentos (antes do atendimento, entre as sessões do tratamento, e após a conclusão do mesmo). Para avaliação da ansiedade ao tratamento odontológico, foi aplicada a versão já validada em português do Dental Anxiety Scale. Foram aplicadas ainda questões sobre a origem do medo ao tratamento endodôntico, e sobre o pensamento catastrófico da dor. Após o exame clínico, a anamnese, e aplicação dos questionários, foi realizada a intervenção odontológica. Os tratamentos endodônticos foram executados por dois cirurgiões-dentistas previamente treinados, sob condições controladas e padronizadas, sempre sob supervisão de um professor de Endodontia. Análise estatística foi realizada com software STATA versão 12.0 e as variáveis foram consideradas significativas para um valor p < 0,05 após o ajuste. A média dos escores de dor inicial foi de 8,25 ± 1,80, indicando que a maioria experimentou intensa dor de origem dentária. A dor relatada diminuiu significativamente após a intervenção odontológica, e também após o tratamento concluído. As médias de dor inicial e de dor pós-operatória não foram diferentes entre pacientes gestantes e não gestantes. Também, os índices de ansiedade ao tratamento odontológico e de catastrofização não diferiram entre os grupos. A maioria das participantes não havia passado previamente por tratamento endodôntico (73,36%). Em relação à origem do medo do tratamento endodôntico, os caminhos mais influentes foram o cognitivo e o indireto. As pacientes que apresentaram maiores níveis de ansiedade apresentaram maior índice de dor 48 horas após a primeira consulta. Os níveis de ansiedade durante o atendimento odontológico diminuiram na segunda consulta, em relação à primeira. A análise ajustada demonstrou quanto maior o nível de dor inicial, maior a ansiedade durante o primeiro atendimento, e maior o sentimento de desesperança. Pode se concluir que os níveis de dor, de ansiedade ao tratamento odontológico e a catastrofização da dor não foram diferentes entre pacientes gestantes e não gestantes. Pacientes com maiores níveis de dor inicial apresentaram-se mais ansiosas durante a primeira sessão do tratamento endodôntico.