Tese feia: elogio à feiura enquanto processo criativo ou a boneca feia que fugiu porque não queria ser uma barbie

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Paranhos, Cláudia da Silva
Orientador(a): Bussoletti, Denise Marcos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14449
Resumo: Essa tese explora o conceito da criação da "feiura" por meio da obra de uma artista, pesquisadora e professora. A criação de Bonecas Feias, e outras formas de expressão artística, serão apresentadas como uma alegoria que busca destacar que a beleza não reside apenas na forma ou na aparência, mas sim na correlação intrincada entre a forma e a essência (verdade). Essa tese procura mostrar a poética da feiura, ou da estranheza e imperfeição, como manifestação artística, que se estabelece como um enigma que deve ser mantido entre os mistérios da estética e o ato de criação. Ela desafia as normas convencionais de beleza ao questionar a superficialidade da sua estetização, defendendo a ideia de que a beleza é relativa, e reside na profundidade, complexidade e singularidade do processo criativo. Por meio da proposta da etnografia surrealista, a pesquisadora e professora aborda essa temática em sua obra evidenciando como sua criação artística desafia as normas estabelecidas em nossa sociedade obcecada pela estética do consumo. Essa tese procura, assim, destacar a importância da criação artística como uma forma de enfrentamento da tirania da beleza estereotipada e da homogeneização estética, enfatizando a riqueza da diversidade e da expressão. Propõe, então, a momocultura e a desBARBIErização da realidade como uma possibilidade de sobrevivência da criação.