Recuperação do Campo Nativo na Zona de Amortecimento do Taim em Integração Lavoura Pecuária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pinheiro, Lisiane Jobim da Costa
Orientador(a): Ferreira, Otoniel Geter Lauz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10159
Resumo: Objetivou-se determinar um manejo que aumente a sustentabilidade ambiental e produtiva dos agrossistemas da Zona de Amortecimento do Taim (ESEC Taim), através da recuperação da pastagem nativa em áreas de Integração Lavoura Pecuária. O trabalho foi desenvolvido na Fazenda Santa Cândida, Município de Santa Vitória do Palmar/RS, localizada no entorno da ESEC Taim, onde foram avaliados 4 tratamentos a saber: Campo Nativo (CN), Unidade (U), Dois Anos de pousio (Dois Anos) e Quatro Anos de pousio (Quatro Anos). Foram realizadas duas avaliações da vegetação nativa, sendo uma no outono (26/04/2018) e outra na primavera (11/12/2018). Foram observados os percentuais de Paspalum pumillum, Axonopus affinis, Leersia hexandra, Cynodon dactylon, juncáceas, ciperáceas, outras espécies, leguminosas e material morto em seis pontos de amostragem por tratamento. A composição botânica percentual dos tratamentos foi comparada através da análise de variância multivariada de aleatorização (P<0,05) e ordenação por componentes principais. A qualidade bromatológica (proteína bruta, fibra detergente neutro e fibra detergente ácido) da forragem disponível foi comparada através de análise de variância Univariada e teste de comparação de médias de Tukey (P<0,05). Foram observadas diferenças significativas (P<0,05) entre os tratamentos, quanto a composição florística, tanto no outono como na primavera, bem como quanto a qualidade bromatológica da forragem no outono. Todavia, não houve diferença na qualidade bromatológica na primavera. Identificou-se que os tratamentos Campo Nativo, Dois Anos, Quatro Anos e Unidade apresentaram potencial em revigorar diversidade florística com o reaparecimento de espécies nativas de valor forrageiro, demonstrando a capacidade de recuperação de áreas degradadas pelo cultivo de arroz durante muitos anos, mediante utilização de técnicas de manejo como adubação, pousio, introdução de espécies exóticas e rotação de culturas. A implantação do Sistema de Integração Lavoura Pecuária proporcionou o retorno de qualidade tanto na composição botânica pela diversidade florística como na bromatológica, sendo uma alternativa capaz de reverter o quadro de distúrbios causados pelo cultivo contínuo de arroz, recuperando áreas de monocultura e fazendo com que haja preservação e sustentabilidade ao mesmo tempo na Zona de Amortecimento do Taim.