Coroas unitárias versus resinas diretas em dentes tratados endodonticamente: um estudo prospectivo de até 7 anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Poletto Neto, Victório
Orientador(a): Cenci, Tatiana Pereira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3614
Resumo: Em dentes tratados endodonticamente, pode haver perda considerável de estrutura coronária por conta do acesso ao canal radicular e ao tratamento endodôntico. Após realizada a endodontia, o clínico pode optar por restaurações diretas (em resina composta) ou indiretas (coroa unitária) para restabelecer forma e função coronária, sendo esta escolha dependente da estrutura coronária remanescente na maioria das vezes. No entanto, existe pouca evidência de qual tipo de restauração seria mais adequada levando-se em consideração a sobrevivência e o sucesso dos procedimentos restauradores. Setenta e três dentes tratados endodonticamente que receberam pino de fibra de vidro e com no mínimo 1 parede coronária foram aleatoriamente alocados em dois grupos conforme a restauração coronária: resina composta ou coroa metalocerâmica. Os dentes foram avaliados clínica e radiograficamente e as diferenças entre o baseline e a avaliação de 1 a 7 anos foram anotadas. Para cada coroa e restauração foi anotado o tempo em meses em casos de falha e nos casos sem falha foi anotado o tempo de sobrevivência. Trinta e nove dentes receberam restaurações de resina composta e trinta e quatro coroas metalocerâmicas. Curvas de sobrevivência foram criadas pelo método de Kaplan-Meier e o log-rank test foi aplicado para verificar se houve diferença entre os grupos conforme tipo de restauração coronária (p<0,05). A taxa de rechamada foi de 73,8%. Foram avaliados 59 pacientes e 73 dentes com uma taxa de sobrevivência das coroas de 97% e das restaurações 89,7%. O log rank test não mostrou diferença entre a sobrevivência das restaurações (p=0,112). Entretanto, houve diferença significativa entre o sucesso das restaurações (p<0,001). No total foram observadas 23 falhas, destas somente 5 consideradas como absolutas, sendo a restauração completamente substituída em 3 casos e nos outros 2 casos indicada a exodontia (fraturas radiculares). Após 76 meses de acompanhamento, todas as restaurações apresentaram um ótimo desempenho clínico, não havendo diferença na sobrevivência das restaurações, independentemente do material restaurador utilizado.