Detalhes bibliográficos
| Ano de defesa: |
2021 |
| Autor(a) principal: |
Rakes, Matheus |
| Orientador(a): |
Grützmacher, Anderson Dionei |
| Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
| Tipo de documento: |
Dissertação
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| Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
| Idioma: |
por |
| Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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| Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
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| Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
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| País: |
Brasil
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| Palavras-chave em Português: |
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| Área do conhecimento CNPq: |
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| Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8378
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Resumo: |
Cultivos utilizados em áreas de várzea, como arroz e soja, são afetados por fatores bióticos que causam significativas reduções do potencial produtivo, sendo, atualmente, o químico principal método de controle utilizado. O uso de forma errônea desse método de controle pode ocasionar em efeitos adversos sobre inimigos naturais, como Trichogramma pretiosum (Hymenoptera: Trichogrammatidae) e Telenomus podisi (Hymenoptera: Platygastridae), importantes agentes de controle biológico de lepidópteros e hemípteros-praga, respectivamente. Logo, para avaliar a compatibilidade da utilização de agrotóxicos e inimigos naturais, a International Organization for Biological and Integrated Control (IOBC) apresenta metodologias padronizadas envolvendo uma sequência de estudos em condições de laboratório, semi-campo e campo. No estudo de laboratório (artigo 1), juntamente com os tratamentos (inseticidas registrados para a cultura da soja) incluímos um estressor natural (temperatura) para avaliar as possíveis interações com os efeitos adversos causados sobre T. podisi. Com isso, descobrimos que, sobre insetos adultos, metoxifenozide+espinetoram apresentou uma interação antagônica conforme o aumento da temperatura. Diferentemente de clorfenapir, onde um efeito sinérgico foi observado, com maiores efeitos ocorrendo aos 30 ºC. Acefato, espinosade e tiametoxam+lambda-cialotrina ocasionaram 100% de mortalidade de adultos em todas temperaturas avaliadas, entretanto o tempo letal foi significativamente menor quando a temperatura se elevou de 15 para 30 ºC. Clorantraniliprole não apresentou nenhum efeito sobre o parasitoide nas temperaturas estudadas. Já nos bioensaios em casa-de-vegetação (semi-campo) (artigo 2), avaliamos os efeitos deletérios sobre T.podisi de um fungicida, um herbicida e um inseticida amplamente utilizados em lavouras de arroz irrigado e, após determinar as taxas de dissipação e as concentrações por um período de até 20 dias após a aplicação, correlacionamos os resultados afim de conhecer as respectivas concentrações mínimas a não causarem efeitos significativos ao parasitoide. A partir disso, nossos resultados demonstraram que, os tempos de meia-vida estimados (DT50) foram de aproximadamente 17, 4 e 5 dias para azoxistrobina, cialofope butílico e tiametoxam, respectivamente, quando aplicados sobre folhas de arroz. Para cialofope butílico e tiametoxam, a extrapolação da linha de regressão sugere que concentrações foliares abaixo de 120 e 6 mg.kg-1, respectivamente, não causam efeitos significativos ao ciclo de vida de T. podisi. Por fim, nos bioensaios realizados em condições de campo (artigo 3), desenvolvemos uma metodologia para verificação da redução do parasitismo ocasionada em T. pretiosum, quando liberados inundativamente e contaminados com inseticidas já relatados como nocivos em testes laboratoriais. Verificamos que com base em nossos resultados, os inseticidas lambda-cialotrina, tiametoxam e zeta cipermetrina foram classificados segundo a IOBC como moderadamente nocivos (Classe 3) e, tiametoxam+lambdacialotrina foi classificado como nocivo (Classe 4). Logo, concluímos que, mesmo ocasionando efeitos inferiores aos obtidos em laboratório por outros autores, esses inseticidas não devem ser priorizados dentro de um programa de MIP. |
